Crítica
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Sinopse
Sutter Keely leva uma vida despreocupada. Nunca terminou os estudos, adora festas e álcool, e troca frequentemente de namorada. Quando é rejeitado por uma de suas pretendentes, se embebeda e acorda em um gramado ao lado de Aimee Finicky. Nasce uma relação improvável entre esta garota solitária, fã de ficção científica, e o homem que vive apenas no tempo presente.
Crítica
Em O Maravilhoso Agora, Sutter Keely é um cara popular no colégio, prestes a se formar e que, diferente de seus colegas, não se importa muito com faculdades e o futuro em si. Ele é o tipo de cara que pensa no agora, se sentindo confortável em aproveitar tudo o que está à sua disposição. Depois de terminar com a namorada, Sutter conhece Aimee Finecky, garota que é basicamente o oposto dele. É quando iniciam um relacionamento que pode ajudá-los mais do que imaginam.
Interpretados por Miles Teller e Shailene Woodley, Sutter e Aimee poderiam protagonizar em O Maravilhoso Agora a típica história do “garoto-problema” que se envolve com a “garota certinha”, estereótipos comuns em romances. O filme até tem alguns conflitos previsíveis nesse tipo de história, mas estes são tratados de maneira muito natural pelo roteiro escrito por Scott Neustadter e Michael H. Weber, felizes por não estarem em busca de resoluções fáceis para o filme. Os personagens são desenvolvidos com calma, com problemas que definem um pouco o modo de cada um agir, sendo que alguns fazem parte da vida de qualquer adolescente que está passando para a fase adulta.
No entanto, para que O Maravilhoso Agora funcionasse, era essencial que a dupla de protagonistas fosse eficiente. Felizmente, o filme acerta em cheio ao apostar em Miles Teller e Shailene Woodley como centro de sua narrativa, duas ótimas revelações dos últimos anos. Teller (que conseguiu ser uma das poucas coisas boas no fraco Finalmente 18, 2013) surge com um carisma arrebatador como Sutter, fazendo dele um personagem divertido e boa praça, ao mesmo tempo em que é um rapaz amargurado não só por sentir a ausência do pai, mas também por ver seus amigos levando suas vidas e sonhos adiante, enquanto ele vai ficando para trás. Nesse sentido, a cena em que conversa com a mãe (Jennifer Jason Leigh) no terceiro ato é bastante tocante, representando um dos pontos altos do filme. Já Woodley (que apareceu muito bem em Os Descendentes, 2011) traz uma bela graciosidade para Aimee, tornando-a uma garota simples, sonhadora e absolutamente encantadora, protagonizando cenas muito interessantes, como quando ela fala sobre seu pai em um jantar.
Enquanto isso, o diretor James Ponsoldt conduz sua história com incrível sensibilidade, trazendo um tom mais adulto que combina com a narrativa. Ele consegue impedir que o filme se torne uma espécie de melodrama, o que poderia acontecer quando vemos um determinado acidente. Ponsoldt também tem sorte da química entre Miles Teller e Shailene Woodley ser brilhante, detalhe que contribui muito para que o público se importe com os protagonistas e, consequentemente, se sinta envolvido na história. E além de caprichar nas cenas mais dramáticas, é bom ver que o cineasta mostra um ótimo timing cômico em alguns momentos, como quando o rapaz dá uma dica para a namorada sobre como ela pode falar com a mãe a respeito dos sonhos que tem para sua vida. Inteligente e doce durante seus 95 minutos de duração, O Maravilhoso Agora é um romance adolescente que conta com um bem-vindo frescor em sua história, sendo uma das gratas surpresas de 2013.
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Grade crítica
Crítico | Nota |
---|---|
Thomas Boeira | 8 |
Francisco Carbone | 8 |
Chico Fireman | 6 |
MÉDIA | 7.3 |
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