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Sinopse

Cindy assiste acidentalmente ao conteúdo de uma fita de vídeo que supostamente faz o espectador morrer em sete dias. Ao mesmo tempo, agricultores relatam grandes círculos nas plantações. Os casos se interligam com a ajuda do presidente dos Estados Unidos e de uma tia gentil.

Crítica

Se você não tem como hábito assistir aos grandes sucessos de público do cinema hollywoodiano, é bom ficar longe da série Todo Mundo em Pânico. E não é que seja necessário ter visto um ou outro título. Se o caso for este terceiro episódio, as referências são tantas que vão de Sinais (2002) a Os Outros (2001), passando por Matrix (1999), O Chamado (2002) e até 8 Mile (2002)! Essa comédia, a primeira da série sob o comando de David Zucker, tem quase toda sua estrutura baseada nesses cinco longas de sucesso. Para quem não os tem na memória, é certo que ficará perdido por boa parte da trama. Mas, ao contrário, caso lembre direitinho de tudo que foi visto antes – e de modo “um pouco” mais sério – talvez Todo Mundo em Pânico 3 seja razoavelmente divertido. Mas indicado somente aos fãs do gênero besteirol, é claro!

Anna Faris (a única, ao lado de Regina Hall, do elenco original a permanecer nessa sequência) é uma repórter que decide investigar estranhos sinais que vem aparecendo em milharais no interior dos Estados Unidos. O problema é que ela deve também descobrir a origem de uma fita VHS que, estranhamente, provoca a morte de quem a assiste sete dias após sua exibição. Com o mesmo dilema estão os donos da fazenda que teve sua plantação destruída, um pastor viúvo, seus filhos e seu irmão mais novo, que quer ser cantor de rap. Ah, e tem uma tal de Oráculo que poderá ajudá-los a encontrar a solução para seus problemas, até como evitar uma invasão alienígena (que, ao invés de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, como visto em Sinais, irá começar por São Paulo) ou se livrar de seres sobrenaturais com a cara do... Michael Jackson!?!?

Bem, como não poderia ser diferente, Todo Mundo em Pânico 3 é uma tremenda bobagem, inconsequente, incoerente e irresponsável. Mas, ainda assim, tem seus momentos mais divertidos – principalmente se deixarmos de lado a razão e o bom senso. É muito melhor do que o episódio anterior (esse sim, tenebroso no pior sentido do termo), mas isso também não quer dizer muito. Não chega a ser um Corra que a polícia vem aí! (1988), que era protagonizado pelo mesmo Leslie Nielsen que agora aparece como o presidente norte-americano, nem um Top Gang (1991), estrelado por Charlie Sheen, que nesse novo filme é o pastor fazendeiro, muito menos um Apertem os cintos... o piloto sumiu! (1980), que por sinal foi dirigido pelo mesmo David Zucker. Mas tem seus bons momentos, ao menos até terminar a pipoca e o refrigerante. Depois disso, a responsabilidade é toda sua!

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é crítico de cinema, presidente da ACCIRS - Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul (gestão 2016-2018), e membro fundador da ABRACCINE - Associação Brasileira de Críticos de Cinema. Já atuou na televisão, jornal, rádio, revista e internet. Participou como autor dos livros Contos da Oficina 34 (2005) e 100 Melhores Filmes Brasileiros (2016). Criador e editor-chefe do portal Papo de Cinema.
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Grade crítica

CríticoNota
Robledo Milani
5
Alysson Oliveira
4
MÉDIA
2

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