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Sinopse

Cindy agora é uma enfermeira. Ela cuida de uma senhora que mora onde coisas estranhas acontecem. Quando começa uma invasão alienígena, todos precisam fugir. Cindy encontra no caminho uma repórter, ninguém mais do que Brenda, sua amiga interesseira e ninfomaníaca.

Crítica

David Zucker praticamente fundou a comédia besteirol baseada em outros longas de sucesso, aqui revistos sob uma ótica mais sarcástica e escrachada. Ele dirigiu clássicos do gênero, como Apertem os Cintos o Piloto Sumiu! (1980), Top Secret (1984) e Corra que a polícia vem aí (1988), que marcaram a memória de muitos espectadores e geraram diversos similares. Por isso, nada mais natural o terem convidado para assumir a série Todo Mundo em Pânico, criada pelos irmãos Keenen, Shawn e Marlon Wayans e que seguia os mesmos moldes imaginados por ele. Essa mudança de rumo só aconteceu porque o segundo filme foi um grande fracasso. Mas se Todo Mundo em Pânico 3 (2003) recuperou o bom humor, este quarto episódio que chega agora aos cinemas volta a apontar para os pontos fracos da franquia, indicando um cansaço revelador. Natural, portanto, que tenha levado sete anos até que uma nova sequência tenha sido feita (depois deste de 2006, somente em 2013 a série ganhou o título seguinte).

Todo Mundo em Pânico 4 não tem uma trama. Existem, aliás, várias, mas todas elaboradas apenas para tentar provocar risos em cima de sucessos da época do cinema hollywoodiano. Então estão todos lá, desde campeões de bilheteria como Guerra dos Mundos (2005), Jogos Mortais (2004) e O Grito (2004) até os oscarizados como O Segredo de Brokeback Mountain (2005) e Menina de Ouro (2004), passando por alguns mais controversos, como A Vila (2004) e Fahrenheit 11 de Setembro (2004). A protagonista, interpretada novamente por Anna Faris, é uma jornalista em busca de ajuda para acabar com uma invasão alienígena. Ao mesmo tempo, um homem (Craig Bierko, de Eu queria ter a sua vida, 2011), tenta salvar seus dois filhos dos ataques. Durante suas jornadas eles vão passar por várias aventuras e confusões, nem todas muito bem sucedidas.

Se há alguns momentos divertidos, esses são poucos diante de tanta escatologia e referências nulas que mais provocam bocejos do que graça. No elenco, o destaque mais uma vez é Faris, que consegue manter aquela expressão de fragilidade e espanto mesmo em frente às situações mais absurdas. Ela vale o ingresso. Mas no resto é muita bobagem, e o fraco galã Bierko pouco colabora. Leslie Nielsen e Charlie Sheen, mais experientes neste estilo de comédia, pouco fazem, aparecendo somente em participações especiais. Mas, se tudo aponta para um desgaste na fórmula, os mais de US$ 170 milhões arrecadados em todo o mundo credenciam a série, validando toda e qualquer bobagem.

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é crítico de cinema, presidente da ACCIRS - Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul (gestão 2016-2018), e membro fundador da ABRACCINE - Associação Brasileira de Críticos de Cinema. Já atuou na televisão, jornal, rádio, revista e internet. Participou como autor dos livros Contos da Oficina 34 (2005) e 100 Melhores Filmes Brasileiros (2016). Criador e editor-chefe do portal Papo de Cinema.
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CríticoNota
Robledo Milani
4
Alysson Oliveira
6
MÉDIA
3

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