Crítica
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Sinopse
Duas amigas competem pelo papel principal na companhia teatral de um diretor francês arrogante. O marido de uma delas é um cientista que desenvolve uma droga para estimular a inteligência dos chimpanzés. Para completar, eles moram numa casa assombrada.
Crítica
É impressionante perceber que ainda há público para este tipo de filme, mesmo que a fórmula esteja mais do que desgastada. Triste, no entanto, é ver um nome como David Zucker, que dirigiu comédias memoráveis como Apertem os cintos... o piloto sumiu (1980) e Corra que a Polícia Vem Aí (1988), insistindo em investir seu talento neste tipo de trabalho, se contentando basicamente com o registro das bilheterias e abandonando qualquer ambição mais revolucionária. Após ter realizado o terceiro e o quarto episódio da franquia, Zucker abre espaço para o quase desconhecido Malcolm D. Lee, ficando apenas com a produção de Todo Mundo em Pânico 5. Só que, ainda que a distância temporal deste para Todo Mundo em Pânico 4 (2006) – foram sete anos de intervalo – pareça indicar uma renovação, o que se vê é mais do mesmo, e com menos inspiração.
Para quem for aos cinemas curioso pelas participações de Charlie Sheen e Lindsay Lohan, um aviso: os dois aparecem somente no prólogo, num esquete rápido de menos de cinco minutos. E ainda que seja razoavelmente divertido vê-los interpretando a si mesmos (chegam a se chamar pelo primeiro nome) e fazendo piadas em cima de suas personas públicas (ele usa um sensor de movimento, ela precisa ir à corte de justiça dar declarações sobre seu comportamento), é muito pouco para o que prometia ser um destaque de verdade. E após alguns sorrisos amarelos, somos jogados a uma trama sem pé nem cabeça, que nada mais faz do que tentar combinar sem grande efeito argumentos de alguns longas recentes de sucesso razoável.
Essas comédias besteirol precisam, basicamente, se apoiar em filmes de muito impacto, que todo mundo tenha visto, para que seus deboches façam sentido e encontrem ressonância. Não é bem o caso, no entanto, de Todo Mundo em Pânico 5. A história é basicamente uma mistura de Mama (2013), um terror sobrenatural de baixo orçamento e repercussão mediana, com os longas da série Atividade Paranormal. Há alguns acréscimos que simplesmente não se encaixam, como os macacos inteligentes de Planeta dos Macacos: A Origem (2011) e o mundo do balé de Cisne Negro (2010). Já os protagonistas Ashley Tisdale (High School Musical 3, 2008) e Simon Rex (figura recorrentes nos filmes da série) até são bonitos e atraentes, mas comediantes muito limitados, e com a desvantagem de não possuírem a menor química juntos.
Todo Mundo em Pânico 5 custou apenas US$ 20 milhões e arrecadou mais de US$ 71 milhões em todo o mundo, o que indica que provavelmente veremos um sexto episódio num futuro próximo, infelizmente. Resta torcer para que as escassas referências mais atuais, como ao livro 50 Tons de Cinza ou ao ator Matt Damon, sejam mais presentes, ao contrário de algumas que dessa vez terminaram soando deslocadas, como às que remetem os mais atentos à filmes como A Origem (2010), O Dia em que a Terra Parou (1951), A Morte do Demônio (1981) ou Histórias Cruzadas (2011), entre outros. Feito à toque de caixa e sem maiores cuidados, chega a dar saudades dos dois primeiros filmes, escritos e estrelados por Marlon Wayans (que neste ano lançou o constrangedor Inatividade Paranormal, que já investia no mesmo gênero, porém com resultados um pouco melhores). Pra quem conhece, sabe o quão desesperador é chegar a esta conclusão!
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Grade crítica
Crítico | Nota |
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Robledo Milani | 2 |
Alysson Oliveira | 2 |
MÉDIA | 1 |
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