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O que mais impressiona na saga Transformers é: como tanta gente pode ir assistir a algo tão ruim? Esse terceiro episódio – O Lado Oculto da Lua – faturou mais de 1,1 bilhão de dólares nas bilheterias de todo o mundo, sendo o mais bem sucedido da trilogia até o momento. É de se perguntar como algo assim foi possível, pois o filme simplesmente não tem história, repetindo os mesmos exageros e absurdos vistos nos dois longas anteriores – Transformers (2007) e Transformers: A Vingança dos Derrotados (2009). E, por que não dizer, o mesmo verificado em toda a filmografia do diretor Michael Bay, profissional notório pela grandiosidade de suas produções, pelo uso descontrolado de efeitos especiais e pela nulidade de suas tramas, características mais uma vez seguidas à risca nesse novo trabalho.
Se no primeiro filme os Autobots ganharam a batalha contra os Decepticons, no segundo foi a vez da revanche – que, mais uma vez, não obteve o efeito esperado. Sem mais o que inventar, Bay e o roteirista Ehren Kruger (que participou também do longa anterior) decidiram partir de fatos reais para imaginar mais uma alucinação envolvendo essa raça de seres alienígenas robóticos que, em ambiente terrestre, se disfarçam como automóveis, caminhões, aviões e outros meios de transporte – o por quê disso, óbvio, ninguém sabe nem explica.
A corrida para a lua, que culminou com a chegada do homem em 1969, tem a justificativa fantasiosa de que teria sido motivada por algo caído no tal lado oculto: uma nave gigantesca que esconderia um grande segredo extraterrestre. Ou seja, o governo sempre soube da existência desses seres, e a participação deles em assuntos terráqueos seria muito mais antiga do que se imaginava. Donos dessa nova fonte de poder, os Decepticons teriam, agora, como finalmente superar os justos Autobots.
Transformers: O Lado Oculto da Lua é tão problemático que, em sua estreia, pouco se falava sobre o uso inapropriado do efeito 3D ou do roteiro mais esburacado que uma peneira. O que a maioria lamentava era a ausência do furacão Megan Fox, que teria sido despedida da franquia após uma sequência de desentendimentos com o diretor Michael Bay e com o produtor Steven Spielberg. E de tanto se falar nisso – e num outro boato, de que Shia LaBeouf e Fox teriam tido um romance durante as filmagens dos dois primeiros episódios – o filme em si acabou ficando em um segundo plano. Motivados por essas curiosidades adjacentes, milhares acabaram enfrentando essas quase três horas de tiros, explosões e correria. E mais uma vez as bilheterias tilintaram, deixando todos felizes – menos aqueles que foram atrás de uma história que tivesse um mínimo de lógica.
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