Twin Peaks: Os Últimos Dias de Laura Palmer
-
Twin Peaks: Fire Walk with Me
-
1992
-
EUA / França
Crítica
Leitores
Sinopse
Após descobrir uma pista de um misterioso assassinato, o jovem agente do FBI, Chet Desmond, desaparece a alguns quilômetros da cidade de Twin Peaks. Um ano depois, outra morte parece estar conectada a este acontecimento: o assassinato de Laura Palmer, uma adolescente problemática e viciada em drogas. Os últimos dias de vida da garota podem ajudar a solucionar os mistérios deste crime.
Crítica
Longe de ser um dos títulos memoráveis da filmografia de David Lynch, Twin Peaks: Os Últimos Dias de Laura Palmer é, na verdade, um prequel para as telonas da cultuada série de televisão dos anos 1990, criada pelo diretor em parceria com Mark Frost. O mote do seriado, para quem não lembra, era o misterioso assassinato de Laura Palmer, jovem que imerge em um mundo de drogas, sexo e violência numa pequena cidade do interior americano.
Um tanto repudiada pelos fãs mais fervorosos do diretor, a produção começa quando dois detetives recebem a missão de investigar a morte de Teresa Palmer, ela que tinha um estilo de vida similar ao de Laura. De uma hora para outra, porém, Lynch decide esquecer a investigação de Teresa para entrar no mundo de Laura. Não existem grandes sutilezas, o diretor pouco se importa com pontos soltos ou em retornar mais à frente aos personagens da trama inicial. É uma introdução desleixada da parte de Lynch, já que ele não a desdobra ou a explora da melhor forma possível. Não são cenas de uma apresentação gratuita, mas, vistas no geral, acabam soando enfadonhas e mal trabalhadas.
Claro, o filme não é uma total decepção. Afinal, traz um elenco de nomes conhecidos, como os músicos Chris Isaak e David Bowie e, ainda, Kiefer Sutherland, Heather Graham e o próprio diretor atuando. O melhor de tudo é que Lynch mantém os personagens mergulhados em seu surrealismo habitual. Tratando de temas fortes (violência, traumas e autodestruição), o filme flerta com outras produções do universo do diretor, por exemplo, com Veludo Azul (1986), principalmente no que diz respeito à questão do abuso sexual.
Para quem já possui conhecimento prévio da série e decide assistir ao filme, não há grandes revelações e novidades, obviamente. Mas Lynch cria um ambiente tão assustador e por vezes macabro que o espectador ainda assim se mantém curioso para conhecer os passos que levam ao desenrolar da trama. O ponto positivo da produção é certamente a liberdade maior que se ganha ao realizá-lo para o cinema. Diversas cenas provavelmente não seriam feitas da mesma forma se Lynch as adaptasse para a televisão. Só faltou amarrar melhor a trama e certamente dar uma enxugada nas longas 2 horas e 15 minutos de exibição.
Últimos artigos deRenato Cabral (Ver Tudo)
- Porto: Uma História de Amor - 20 de janeiro de 2019
- Antes o Tempo Não Acabava - 25 de novembro de 2017
- Docinho da América - 3 de janeiro de 2017
Grade crítica
Crítico | Nota |
---|---|
Renato Cabral | 5 |
Marcelo Müller | 8 |
Rodrigo de Oliveira | 7 |
Matheus Bonez | 7 |
Thomas Boeira | 5 |
Filipe Pereira | 9 |
MÉDIA | 6.8 |
Sinceramente não entendo as críticas para mais esse masterpiece de liinch,para mim ali estão todos os elementos que consagraram o mestre,como suspense ,terror ,acao,surrealismo ,sexo,e até um pouco de humor,com atuações seguras rincopalmente de leeque conduz a sua Laura com firmeza e fragilidade numa dose muito boa,ao menos para esse leigo aqui,fite walkover with me já é um clássico ,sendo superior ao aclamado veludo azul,(ao menos para mim)e já constando merecidamente na grade do telecine cult.