Balinês de 25 anos que vive numa pequena ilha, Eka se apaixona por Margaux, linda francesa que vive no mesmo lugar, mas com sua família abastada. Ele também se encanta pela possibilidade de viver num mundo cheio de arte.
Jéssica Relequias de Oliveira30 de janeiro de 2022
Tive uma impressão diferente deste filme do que os demais. Não acho que o protagonista atingiu o sucesso, percebi que depois de ser espancado pelos homens a quem ele defendeu o irmão da protagonista ele entra em depressão e vive uma espécie delírio, cria uma vida imaginária de como seria se ele realmente obtivesse sucesso fácil. O título original, que anos luz melhor que o título brasileiro que distorce a temática do filme, remete a depressão e a tristeza. O passeio em que os protoganistas conversam sobre uma história da cultura balinesa os soldados que prefiriram tirar suas à submeter sua liberdade, já dá uma pista sobre o final. Está claro que depois de imaginar ingenuamente uma vida de sucesso em 6 meses, para alcançar os privilégios que uma francesa branca de olho azul já nasceu por direito, ele percebe a imensidão das diferenças sociais que o separam de todo aquele mundo de sipermilionarios que dispõe das belezas naturais de um país de "selvagens", como a boa mocinha os chama, e também tira a própria vida. Esse filme fala muito mais sobre a imensa distância social dos povos de países pobres e de pele não branca, do que sobre romance. Sobre a soberania branca, sobre a discriminação da cultura de outros povos, sobre o que é considerado educação e arte. Sobre quem dita o que é cultura, arte e educação. Sobre a arrogância daqueles que consideram possuir a verdadeira educação, erudistismo e sucesso. Sobre a falta de sensibilidade de pessoas soberbas e medíocres. Sobre o contraste da bondade e ingenuidade, do esforço e da ambição, da inspiração e da técnica maçante, do superficialidade e da realidade, sobre o deslumbramento e o encanto inocente. É muito sensível, delicado e perspicaz. Mas o título brasileiro é péssimo, incoerente com o título original.
Tive uma impressão diferente deste filme do que os demais. Não acho que o protagonista atingiu o sucesso, percebi que depois de ser espancado pelos homens a quem ele defendeu o irmão da protagonista ele entra em depressão e vive uma espécie delírio, cria uma vida imaginária de como seria se ele realmente obtivesse sucesso fácil. O título original, que anos luz melhor que o título brasileiro que distorce a temática do filme, remete a depressão e a tristeza. O passeio em que os protoganistas conversam sobre uma história da cultura balinesa os soldados que prefiriram tirar suas à submeter sua liberdade, já dá uma pista sobre o final. Está claro que depois de imaginar ingenuamente uma vida de sucesso em 6 meses, para alcançar os privilégios que uma francesa branca de olho azul já nasceu por direito, ele percebe a imensidão das diferenças sociais que o separam de todo aquele mundo de sipermilionarios que dispõe das belezas naturais de um país de "selvagens", como a boa mocinha os chama, e também tira a própria vida. Esse filme fala muito mais sobre a imensa distância social dos povos de países pobres e de pele não branca, do que sobre romance. Sobre a soberania branca, sobre a discriminação da cultura de outros povos, sobre o que é considerado educação e arte. Sobre quem dita o que é cultura, arte e educação. Sobre a arrogância daqueles que consideram possuir a verdadeira educação, erudistismo e sucesso. Sobre a falta de sensibilidade de pessoas soberbas e medíocres. Sobre o contraste da bondade e ingenuidade, do esforço e da ambição, da inspiração e da técnica maçante, do superficialidade e da realidade, sobre o deslumbramento e o encanto inocente. É muito sensível, delicado e perspicaz. Mas o título brasileiro é péssimo, incoerente com o título original.