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Sinopse

Domenic Toretto é o líder de uma gangue de corridas de ruas em Los Angeles que está sendo investigado pela polícia por roubo de equipamentos eletrônicos. Para investigá-lo é enviado Brian Spindler, que se infiltra na gangue na intenção de descobrir se Toretto é realmente o autor dos crimes e se há alguém mais por trás deles.

Crítica

Quando o primeiro Velozes e Furiosos foi lançado, em 2001, provavelmente ninguém imaginava que o filme se transformaria em uma franquia de sucesso. Com roteiro formulaico, diálogos mequetrefes e atores pouco conhecidos – ou em ascensão, como era o caso de Vin Diesel e Paul Walker – a aposta do longa-metragem dirigido por Rob Cohen (A Sombra do Inimigo, 2012) era conquistar a legião de fãs dos carros rápidos. Mais do que isso, conseguiu agregar à sua bilheteria os apreciadores dos filmes de ação, os amantes do hip hop (com a trilha sonora quase que exclusivamente montada com sucessos do gênero) e os espectadores casuais. Com isso, carimbou seu passaporte para diversas continuações, cada vez mais bem sucedidas. Mas, por aqui, vamos nos ater ao trabalho que deu origem à tudo.

Velozes e Furiosos foi escrito a seis mãos (Gary Scott Thompson, Erik Bergquist e David Ayer) e é no mínimo curioso observar que tenha sido necessário tantos roteiristas para escrever um script tão simples. Dom Toretto (Diesel) é o líder de uma gangue antenada em carros tunados e muita velocidade. Quando um "forasteiro" chamado Brian (Walker) se aproxima da gangue, interessado na irmã de Toretto, a bela Mia (Jordana Brewster), logo é despachado pelo violento Jesse (Chad Lindberg). Eis que surge uma corrida de rua na qual Brian consegue salvar a pele de Dom, com este ficando em dívida com o rapaz. Com isso, o novato é aceito no grupo e começa a conhecer aqueles sujeitos mais de perto. Mal eles sabem, no entanto, que Brian é, na verdade, um policial infiltrado tentando encontrar provas de que o grupo de Toretto é o responsável por assaltos incrivelmente elaborados e em alta velocidade.

Para os fãs de carros tunados, Velozes e Furiosos é um oásis. Com cores berrantes, motores espalhafatosos e NOS (óxido nitroso) suficiente para mandar alguns veículos para o espaço, o filme de Rob Cohen vem para aplacar a sede dos admiradores da cultura do tuning, na qual você altera as funções e especificações do carro para que ele seja completamente personalizado. Uma pena que os efeitos especiais que mostram os veículos em toda a velocidade envelheceram mal e algumas tomadas chegam a ser vergonhosas pelo excesso de efeito computadorizado.

Muito constrangedor, mas não tanto quanto os diálogos. Nada pior do que observar os personagens vomitando todo o plot do filme em conversas expositivas. Para que a trama de Velozes e Furiosos funcione, é necessário que Brian caia nas graças de Dom, que virem amigos. Para tanto, os roteiristas criam situações em que Dom se abra com um estranho em pouquíssimo tempo, falando de seu pai, de sua família e de assuntos que, um sujeito durão como Toretto, provavelmente não compartilharia fora de uma mesa de bar, cercado por parceiros de longa data. No entanto, é exatamente isso que acontece com o bromance entre Dom e Brian.

Formulaico, mas ainda divertido em dados momentos, Velozes e Furiosos se salva por ter uma narrativa tão rápida quanto seus carros. Os momentos ruins do filme não duram muito tempo, assim como as partes mais empolgantes. É tudo tão veloz que o espectador que estiver aberto a uma aventura com um pouco menos de tutano, mas com certo grau de periculosidade, pode até se entreter.

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é crítico de cinema, membro da ACCIRS - Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul. Jornalista, produz e apresenta o programa de cinema Moviola, transmitido pela Rádio Unisinos FM 103.3. É também editor do blog Paradoxo.
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