Crítica
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Sinopse
A vida e a obra do cantor Waldick Soriano, homem de pouca escolaridade que enfrentou desafios enormes desde cedo até ser descoberto na cidade de São Paulo e se tornar um nome incontornável da música popular do Brasil.
Crítica
Carinho, respeito, sensibilidade e humanismo. São as principais intenções escolhidas por Patrícia Pillar para compor Waldick: Sempre no meu coração, primeiro trabalho da atriz atrás das câmeras. O documentário apresenta um retrato cativante do mais famoso cantor da dor de cotovelo do Brasil.
Waldick nasceu Eurípedes Waldick Soriano, em Caetité na Bahia. É lá que o filme inicia. Ele visita amigos e se apresenta para o público local onde é saudado por uma pequena multidão. Amigos, dezenas de amores, transeuntes, fãs e familiares vão surgindo durante cinqüenta e oito minutos bem contados por Patrícia. Claro, Waldick canta várias vezes durante o filme, apesar de já estar debilitado pela doença que o vitimou em 2008. Cantando sempre com seu estilo inconfundível e impactante.
Sua história de vida é de superação e de vitória. Com muito pouco estudo, porém influenciado pela música de familiares repentistas, ele se aventurou por São Paulo em busca da sonhada carreira de artista. Veio, fez e venceu. É engraçada e irônica a versão que inspirou seu visual e figurino de cowboy. Waldick assistiu à Durango Kid no cinema e decidiu copiar o estilo do herói. Por isso estava sempre vestido de preto e de chapéu. E não é que deu certo? Os amores, o sucesso, as alegrias e tristezas de seu coração caíram no gosto popular. Um dos méritos mais significativos do filme está no fato de mesmo você não gostando das músicas, poderá sair da sala satisfeito com a forma humana que a história foi contada.
Como tantos outros brasileiros de histórias humildes, o público se identificou rapidamente. O mesmo acontece com o espectador ao ver o filme de Patrícia Pillar. As letras eternizadas pelos rótulos de cafona e brega são apresentadas como canções de amor. Esse romantismo popular que proporcionou a Waldick momentos de glória pode ter ajudado a confundir o cantor na busca pela realização pessoal. “Errei muito, a vida é muito complexa” confessa com um sorriso disfarçado. Depois, quase ao final da projeção, a diretora revela um Waldick quieto, distante e que não reage enquanto uma das tantas mulheres de sua vida afirma: “O Waldick não ama a si mesmo”. Ele mesmo confirma não ter encontrado a “tal felicidade”. Mas deixou uma marca durante a procura, e disso ninguém duvida.
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Grade crítica
Crítico | Nota |
---|---|
Alexandre Derlam | 7 |
Chico Fireman | 6 |
Ailton Monteiro | 7 |
Alex Gonçalves | 6 |
MÉDIA | 6.5 |
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