Zumbis na Neve 2
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Tommy Wirkola
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Død snø 2
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2014
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Noruega / Islândia / EUA / Reino Unido
Crítica
Leitores
Sinopse
Martin mata acidentalmente a namorada com um machado; decepa o próprio braço com uma moto-serra; testemunha seu melhor amigo sendo devorado por um batalhão de zumbis nazistas. Mas o pior está por vir.
Crítica
Continuações geralmente servem para que um longa não só dê seguimento a sua história, mas também possa aumentar a escala do que havia mostrado originalmente, buscando fazer coisas novas no universo criado. Se levarmos essa ideia em consideração, o que ela poderia fazer com Zumbis na Neve (2009), um filme cômico que colocava seus personagens enfrentando zumbis nazistas? A resposta pode não vir em uma produção memorável, mas Zumbis na Neve 2 diverte um pouco mais com a ideia lançada por seu antecessor, e o diretor Tommy Wirkola ainda aproveita a oportunidade para melhorar certos aspectos em que o anterior pecou.
Zumbis na Neve 2 continua exatamente a partir do ponto em que o primeiro havia parado, com Martin (Vegar Hoel) totalmente arrebentado lutando contra o líder dos zumbis, Coronel Herzog (Ørjan Gamst), enquanto foge de carro. Nisso, ele sofre um acidente, mas arranca o braço de seu inimigo no processo. É então que, ao acordar em um hospital, descobre que no lugar de seu braço amputado (que ele mesmo cortou no filme anterior) foi colocado o membro zumbificado, que age maleficamente por conta própria. Ainda assim, o rapaz parte para tentar atrapalhar os planos do inimigo, que monta um exército de zumbis para finalizar uma antiga missão.
Assim como no primeiro filme, Tommy Wirkola aposta em uma série de bobagens para tentar divertir ao longo da história, e faz isso sem subestimar o público. Ele tem noção da idiotice que está colocando na tela, mas constrói bem as gags e consegue fazer graça com detalhes, no mínimo, inusitados. Dessa forma, Zumbis na Neve 2 consegue levar o público ao riso diversas vezes, seja pelo puro non sense ou simplesmente pelo grotesco, e há ainda momentos em que o diretor até chuta o balde, tamanho o absurdo do que se vê em cena. Se uma hora rimos de como uma música pop é usada para quebrar a tensão de uma briga, em outra é de uma respiração boca a boca inacreditável. Aliás, a maneira como os personagens agem novamente diverte, sendo que o Esquadrão Zumbi que surge em determinado momento, formado pelos irmãos Daniel (Martin Starr), Monica (Jocelyn DeBoer) e Blake (Ingrid Haas), chama a atenção por parecerem nerds inofensivos, mas realmente funcionarem como um elite de guerra quando necessário.
No entanto, o que surpreende um pouco em Zumbis na Neve 2 é que o roteiro escrito por Wirkola, Stig Frod Henriksen e Vegar Hoel parece reconhecer que seu antecessor, principalmente em termos de história, era bem pobre, tendo se mostrado eficiente graças à forma como explorava o humor. Considerando isso, nessa continuação é possível ver que o trio tenta fazer algo mais criativo ao abordar suas ideias. Os zumbis, por exemplo, até ganham em sua missão uma motivação mais interessante do que apenas “mexeram na nossa caixinha de joias e agora pagarão por isso” ao saírem matando as pessoas, sendo que seu jeito racional continua causando bons risos. E a trama em si foge do lugar-comum, culminando em uma batalha que diverte com todo seu clímax.
Claro que esses detalhes não compensam certos problemas. As referências constantes que Monica faz a Star Wars cansam rapidamente, além de serem óbvias e de chamarem atenção para si mesmas, assim como as gags com o simpático amigo zumbi do protagonista, personagem que sofre tantos maus bocados durante o filme que chega a ser possível prever quando ele será alvo de uma piada. Além disso, o roteiro vez que outra se concentra em um núcleo descartável envolvendo alguns policiais, elemento que não acrescenta muito à história e quebra o ritmo da narrativa. Mas, mesmo assim, Zumbis na Neve 2 consegue se sustentar muito bem, e se não chega a ser absolutamente hilário, é hábil em entreter o espectador durante seus pouco mais de 90 minutos de duração.
Obs.: Há uma cena depois dos créditos finais.
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