Que Horas Ela Volta? e Chatô: O Rei do Brasil são os grandes vencedores do ano!
Dos 30 longas-metragens indicados ao 21o Prêmio Guarani de Cinema Brasileiro – entre produções nacionais e concorrentes a Melhor Filme Estrangeiro – apenas seis delas foram premiadas, uma das quantidades mais baixas de vencedores em toda a história da premiação. Isso se deve em grande parte à impressionante concentração de vitórias dos títulos mais reconhecidos de 2015: Que Horas Ela Volta?, de Anna Muylaert, e Chatô: O Rei do Brasil, de Guilherme Fontes, ambos vitoriosos em seis categorias cada! As principais categorias, no entanto, foram para o longa de Muylaert, consagrado como Melhor Filme, Direção, Atriz (Regina Casé) e Roteiro Original, além de Revelação do ano (Camila Márdila) e Melhor Elenco. Já o épico baseado na vida de Assis Chateaubriand, produção envolta em polêmicas e resultado de um processo que levou anos até ser finalizado, se destaca pelas vitórias como Melhor Ator (Marco Ricca) e Roteiro Adaptado, que tem entre os autores o próprio Fontes!
Regina Casé mantém 100% de aproveitamento no Guarani: esta foi sua segunda indicação e segunda vitória – ela havia sido premiada antes, também como Melhor Atriz, por Eu Tu Eles (2000). O mesmo se repetiu com Marcélia Cartaxo, premiada como Melhor Atriz Coadjuvante por seu desempenho em A História da Eternidade – esta é sua segunda indicação e segunda vitória, pois havia ganho antes, e nesta categoria, por Madame Satã (2002). Pelo mesmo filme, Irandhir Santos se consagrou como um dos recordistas do Guarani: ao ser premiado como Melhor Ator Coadjuvante, o astro conquistou sua quarta vitória – havia ganho em anos anteriores, nesta categoria, por Olhos Azuis (2010), e como Melhor Ator por Febre do Rato (2012) e por Tatuagem (2013). Já Marco Ricca ganhou seu primeiro Guarani em sua quarta indicação – a segunda na categoria de Melhor Ator.
A História da Eternidade foi o segundo filme mais premiado do ano, vitorioso em quatro categorias: além dos dois coadjuvantes, foi reconhecido ainda como Fotografia e Trilha Sonora. Na sequência vem o drama de guerra A Estrada 47, premiado no Festival de Gramado e no Cine Ceará, premiado com dois Guaranis: Melhor Som e Efeitos Especiais. Cássia, de Paulo Henrique Fontenelle, foi o Melhor Documentário do ano, enquanto que o Melhor Filme Estrangeiro foi Mad Max: Estrada da Fúria, de George Miller, na primeira vitória – e primeira indicação – de uma produção australiana. Dos cinco indicados a Melhor Filme, tanto Branco Sai Preto Fica quanto Casa Grande, ambos com seis indicações, saíram sem nenhuma vitória. E em seu segundo ano, o troféu Guarani Honorário vai, de forma consecutiva, para uma atriz. E a reconhecida desta vez é a grande Ruth de Souza, estrela de sucessos como Sinhá Moça (1953), Assalto ao Trem Pagador (1962), O Homem Nu (1968), Jubiabá (1986) e Filhas do Vento (2004), premiada no Festival de Gramado e reconhecida pelo Grande Prêmio do Cinema Brasileiro. Uma homenagem mais do que justa! Confira, a seguir, a relação completa com os melhores da produção nacional em 2015!
FILME
Que Horas Ela Volta?, produção de Caio Gullane, Fabiano Gullane, Debora Ivanov, Anna Muylaert
Indicados:
- A História da Eternidade, produção de Camilo Cavalcante, Marcello Ludwig Maia, Stella Zemmerman
- Branco Sai Preto Fica, produção de Adirley Queirós
- Casa Grande, produção de Iafa Britz
- Chatô: O Rei do Brasil, produção de Guilherme Fontes
Com seis vitórias, Que Horas Ela Volta? está longe de ser um dos campeões do Guarani – os recordistas seguem sendo Cidade de Deus (2002), Tropa de Elite (2007), A Festa da Menina Morta (2009) e O Palhaço (2011), todos premiados em nove categorias. Com o empate em quantidade de prêmios com Chatô: O Rei do Brasil, este resultado repete o ocorrido em 2013 – O Som ao Redor e Tatuagem tiveram sete prêmios – e em 2012 – Febre do Rato e Heleno tiveram, cada um, quatro conquistas. Este é o terceiro Melhor Filme da história da premiação a ser dirigido por uma mulher, após Bicho de Sete Cabeças (2001), de Laís Bodanzky, e Terra Estrangeira (1996), codirigido por Daniela Thomas ao lado de Walter Salles.
DIREÇÃO
Anna Muylaert, por Que Horas Ela Volta?
Indicados:
- Adirley Queirós, por Branco Sai Preto Fica
- Camilo Cavalcante, por A História da Eternidade
- Fellipe Barbosa, por Casa Grande
- Guilherme Fontes, por Chatô: O Rei do Brasil
Anna Muylaert já somava nove indicações até 2015, com duas vitórias – Melhor Roteiro Original por Durval Discos (2002) e por O Ano em que meus Pais saíram de Férias (2006). Nesta categoria, ela tinha duas indicações, e esta é sua primeira vitória. Ela é a terceira mulher a ser premiada como realizadora, após Daniela Thomas (Terra Estrangeira, 1996) e Laís Bodanzky (Bicho de Sete Cabeças, 2001).
ATOR
Marco Ricca, por Chatô: O Rei do Brasil
Indicados:
- Daniel de Oliveira, por Sangue Azul
- Fábio Porchat, por Entre Abelhas
- Irandhir Santos, por Obra
- João Miguel, por A Hora e a Vez de Augusto Matraga
Esta foi a quarta indicação de Marco Ricca – a segunda nesta categoria – e sua primeira vitória. João Miguel, Irandhir Santos e Daniel de Oliveira já haviam sido premiados, cada um, duas vezes antes aqui – Irandhir possui ainda um Guarani como Coadjuvante, enquanto que Daniel possui mais um como Revelação – enquanto que Fábio Porchat está em sua primeira indicação.
ATRIZ
Regina Casé, por Que Horas Ela Volta?
Indicadas:
- Adriana Esteves, por Real Beleza
- Andréa Beltrão, por Em Três Atos
- Clara Gallo, por Califórnia
- Maeve Jinkings, por Amor, Plástico e Barulho
Esta é a segunda indicação e a segunda vitória de Regina Casé. Ela havia sido premiada, também nessa categoria, por Eu Tu Eles (2000). Adriana Esteves, Clara Gallo e Maeve Jinkings concorriam aqui pela primeira vez – Jinkings possui um Guarani como Coadjuvante – enquanto que Andrea Beltrão teve neste ano sua sexta indicação, porém segue sem vitória.
ATOR COADJUVANTE
Irandhir Santos, por A História da Eternidade
Indicados:
- Caio Blat, por Califórnia
- Francisco Cuoco, por Real Beleza
- Lourenço Mutarelli, por Que Horas Ela Volta?
- Marcello Novaes, por Casa Grande
Esta é a quarta vitória de Irandhir Santos – a segunda nesta categoria, após ter ganho por Olhos Azuis (2010). Ele, agora, é um dos recordistas da premiação, ao lado de Wagner Moura – os dois únicos com quatro Guaranis! Francisco Cuoco, Lourenço Mutarelli e Marcello Novaes estão todos em suas primeiras indicações, enquanto que Caio Blat teve aqui sua quinta indicação, a terceira nesta categoria (ele já ganhou uma vez, porém como Melhor Ator).
ATRIZ COADJUVANTE
Marcélia Cartaxo, por A História da Eternidade
Indicadas:
- Gilda Nomacce, por Ausência
- Irene Ravache, por Entre Abelhas
- Karine Teles, por Que Horas Ela Volta?
- Nash Laila, por Amor, Plástico e Barulho
Esta é a segunda indicação e segunda vitória de Marcélia Cartaxo, após ter ganho também nesta categoria por Madame Satã (2002). Irene Ravache foi premiada como Coadjuvante por Amores Possíveis (2001) – esta é sua terceira indicação – e Karine Teles tem uma indicação anterior, pela qual ganhou como protagonista por Riscado (2011). Esta é a segunda indicação de Gilda Nomacce e a primeira de Nash Laila.
DOCUMENTÁRIO
Cássia, produção de Iafa Britz e Carolina Castro
Indicados:
- Chico: Artista Brasileiro, produção de Miguel Faria Jr., Jorge Peregrino
- O Sal da Terra, produção de David Rosier
- Olmo e a Gaivota, produção de Tiago Pavan, Charlotte Pedersen, Luís Urbano
- Últimas Conversas, produção de João Moreira Salles, Maria Carlota Bruno
Curiosamente, nenhum dos cinco concorrentes aqui disputava outra categoria. Cássia é o primeiro filme de Paulo Henrique Fontenelle a ser premiado, após as indicações de Dossiê Jango (2013) e Loki: Arnaldo Baptista (2009). Miguel Faria Jr. havia concorrido antes por Vinícius (2005), enquanto que Petra Costa, diretora de Olmo e a Gaivota, teve o seu Elena premiado em 2013. Esta foi a nona indicação de João Moreira Salles, premiado nesta mesma categoria por Edifício Master (2002) e por Santiago (2007).
ROTEIRO ORIGINAL
Anna Muylaert, por Que Horas Ela Volta?
Indicados:
- Camilo Cavalcante, por A História da Eternidade
- Adirley Queirós, por Branco Sai Preto Fica
- Fellipe Barbosa, Karen Sztajnberg, por Casa Grande
- Fábio Porchat, Ian SBF, por Entre Abelhas
Esta é a terceira vitória de Anna Muylaert nesta categoria, após Durval Discos (2002) e por O Ano em que meus Pais saíram de Férias (2006). Todos os demais indicados estavam concorrendo pela primeira vez.
ROTEIRO ADAPTADO
Guilherme Fontes, João Emanuel Carneiro, Matthew Robbins, por Chatô: O Rei do Brasil, baseado no livro homônimo de Fernando Morais
Indicados:
- Vinícius Coimbra, Manuela Dias, por A Hora e a Vez de Augusto Matraga, baseado no conto homônimo de Guimarães Rosa
- Marcelo Rubens Paiva, Mauro Mendonça Filho, Lusa Silvestre, por Depois de Tudo, baseado na peça No Retrovisor, de Marcelo Rubens Paiva
- Lúcia Murat, por Em Três Atos, baseado livremente em textos de Simone de Beauvoir e no espetáculo Qualquer Coisa a Gente Muda
- Leonardo Lacca, por Permanência, baseado no curta Décimo Segundo, de Leonardo Lacca
Esta é a primeira vitória de Guilherme Fontes, João Emanuel Carneiro e Matthew Robbins. Dos demais indicados, apenas Marcelo Rubens Paiva já foi premiado aqui, por Malu de Bicicleta (2011).
MONTAGEM
Felipe Lacerda, Umberto Martins, por Chatô: O Rei do Brasil
Indicados:
- Vânia Debs, por A História da Eternidade
- Guille Martins, por Branco Sai Preto Fica
- Gabriel Vieira de Mello, por Obra
- Karen Harley, por Que Horas Ela Volta?
Esta é a segunda indicação e a primeira vitória de Felipe Lacerda. Umberto Martins, seu companheiro neste trabalho, estava concorrendo pela primeira vez.
FOTOGRAFIA
Beto Martins, por A História da Eternidade
Indicados:
- Carlos Arango de Montis, por A Estrada 47
- José Roberto Eliezer, por Chatô: O Rei do Brasil
- André S. Brandão, por Obra
- Mauro Pinheiro Jr, por Sangue Azul
Esta é a primeira indicação e a primeira vitória de Beto Martins. Dos demais indicados, apenas Mauro Pinheiro Jr e José Roberto Eliezer já haviam concorrido antes – cada um tendo ganho uma vez.
TRILHA SONORA
Zbigniew Preisner, Dominguinhos, por A História da Eternidade
Indicados:
- DJ Dolores, Yuri Queiroga, por Amor, Plástico e Barulho
- Marquim da Tropa, por Branco Sai Preto Fica
- Pedro Lima, por Chatô: O Rei do Brasil
- Fabio Trummer, Vitor Araújo, por Que Horas Ela Volta?
Esta é a primeira indicação e a primeira vitória de Zbigniew Preisner e do mestre Dominguinhos. Entre os outros nomes reconhecidos da música popular brasileira que já foram premiados no Guarani estão Caetano Veloso, Chico Buarque e Gilberto Gil. Dos demais indicados neste ano, apenas DJ Dolores já fora premiado antes.
SOM
Ivan Neskov, Vasco Pedroso, Branko Neskov, por A Estrada 47
Indicados:
- Adirley Queirós, por Branco Sai Preto Fica
- Mark van der Willigen, Marcelo Cyro, Pedro Lima, Sergio Fouad, por Chatô: O Rei do Brasil
- Fábio Baldo, Raul Jooken Baptista, Ariel Henrique, por Obra
- Gabriela Cunha, Paulo Gama, Miriam Biderman, Ricardo Reis, por Que Horas Ela Volta?
O trio de A Estrada 47 está em sua primeira indicação ao Guarani, mas essa vitória não foi nenhuma surpresa: por este trabalho, eles também foram premiados no Festival de Gramado e no Cine Ceará.
FIGURINO
Rita Murtinho, por Chatô: O Rei do Brasil
Indicados:
- Elisabetta Antico, por A Estrada 47
- Paulo Ricardo, por A História da Eternidade
- Catarina Jacobsen, por Amor, Plástico e Barulho
- Letícia Barbieri, por Califórnia
Esta é a sétima indicação de Rita Murtinho, e sua quinta vitória – ela é uma das maiores campeãs da premiação! Ela já havia ganho por Amor & Cia (1998), Madame Satã (2002), A Suprema Felicidade (2010) e por Heleno (2012).
DIREÇÃO DE ARTE
Gualter Pupo, por Chatô: O Rei do Brasil
Indicados:
- Sergio Tribastone, por A Estrada 47
- Julia Tiemann, por A História da Eternidade
- Thales Junqueira, Dani Vilela, por Amor, Plástico e Barulho
- Marcos Pedroso, Thales Junqueira, por Que Horas Ela Volta?
Esta é a primeira vitória e a primeira indicação de Gualter Pupo. Dos demais indicados, apenas Marcos Pedroso já havia concorrido antes, tendo sido premiado uma vez.
MAQUIAGEM
Maria Lucia Mattos, Martín Macias Trujillo, por Chatô: O Rei do Brasil
Indicados:
- Federico Carrette, Vicenzo Mastrantonio, por A Estrada 47
- Donna Meirelles, por Amor, Plástico e Barulho
- Olivia de Brito, Fabio Servullo, por Condado Macabro
- Tayce Vale, por Sangue Azul
Martín Macias Trujillo é outro campeão do Guarani, que tem aqui sua quinta vitória, após 16 indicações! Ele já fora premiado por Abril Despedaçado (2002), Irma Vap: O Retorno (2006), Heleno (2012) e Getúlio (2014). Já Maria Lucia Mattos teve aqui sua primeira indicação e primeira vitória.
EFEITOS ESPECIAIS
Robson Sartori, por A Estrada 47
Indicados:
- Marcus Cidreira, por Chatô: O Rei do Brasil
- Diogo Girondi, por Condado Macabro
- Ian SBF, por Entre Abelhas
- Sergio Farjalla Jr., Guilherme Ramalho, por Operações Especiais
Esta foi a terceira indicação de Robson Sartori, e sua primeira vitória. Dos demais indicados, Sergio Farjalla Jr é um dos recordistas, com dezessete indicações e três vitórias.
ELENCO
Luiz Mário Vicente, por Que Horas Ela Volta?
Indicados:
- Bárbara Isabella Rocha, por A História da Eternidade
- Felipe Luz, Gustavo Tranquilin, por Califórnia
- Amanda Gabriel, por Casa Grande
- Luiz Antonio Rocha, por Chatô: O Rei do Brasil
Luiz Mario Vicente trabalhou com os elencos de filmes como Querô (2007), Entre Vales (2012) e Trinta (2014), entre outros. Esta, no entanto, foi sua primeira indicação. Ele também estava na equipe de Califórnia, outro dos concorrentes.
REVELAÇÃO DO ANO
Camila Márdila, por Que Horas Ela Volta?
Indicados:
- Filipe Matzembacher e Márcio Reolon, por Beira-Mar
- Matheus Fagundes, por Ausência
- Renata Pinheiro, por Amor, Plástico e Barulho
- Thales Cavalcanti, por Casa Grande
Este foi o segundo longa-metragem de Camila Márdila, porém o primeiro a chegar às telas – ela filmou antes o drama histórico O Outro Lado do Paraíso (2014) que, no entanto, só estreou depois. Por este mesmo trabalho ela foi premiada como Melhor Atriz (ao lado de Regina Casé) no Festival de Sundance e como Melhor Atriz Coadjuvante no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro.
FILME ESTRANGEIRO
Mad Max: Estrada da Fúria, da Austrália
Indicados:
- A Gangue, da Ucrânia
- Dois Dias, Uma Noite, da Bélgica
- Leviatã, da Rússia
- O Clube, do Chile
Vencedor de 6 Oscars, escolhido melhor filme do ano pela Federação Internacional de Críticos de Cinema e premiado pelos Críticos da Austrália e pelo Instituto Australiano de Cinema, Mad Max: Estrada da Fúria é o primeiro representante da Austrália a ser indicado e a ganhar o Guarani como Melhor Filme Estrangeiro.
PRÊMIO GUARANI HONORÁRIO
Ruth de Souza (1921 – )
Carioca da capital do Rio de Janeiro, Ruth de Souza sempre fez questão de deixar clara suas duas maiores paixões: a arte da atuação e seu compromisso com a identidade negra. Tanto que seu primeiro compromisso profissional foi como integrante do Teatro Experimental do Negro, o que a levou a ser a primeira atriz negra a subir ao palco do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, ao estrelar a peça O Imperador Jones, de Eugene O’Neill. Com o sucesso dessa empreitada, recebeu uma bolsa da Fundação Rockefeller e foi convidada a passar um ano estudando nos Estados Unidos, com cursos na prestigiosa Universidade de Harvard e na Academia Nacional de Teatro. De volta ao Brasil, estreou no cinema com aos 27 anos, em Terra Violenta (1948). Aos 32, apareceu em um dos papéis principais de Sinhá Moça (1953), sucesso que a levou ao Festival de Berlim. De lá para cá, muitos outros sucessos, tanto no teatro e na televisão, como também na tela grande. Sua imagem e talento ficaram eternizados em produções de grande impacto, como o thriller O Assalto ao Trem Pagador (1962), o polêmico Pureza Proibida (1974), o drama Jubiabá (1986) e o épico Filhas do Vento (2004). Por este último, ganhou o kikito de Melhor Atriz no Festival de Gramado, um dos mais importantes do país. Até o momento, seu último trabalho foi uma participação carinhosa em O Vendedor de Passados (2015), ao lado de Lázaro Ramos. Dois anos antes, foi homenageada com um troféu honorário por sua carreira no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro. Reconhecimento justo, que agora se repete também no Prêmio Guarani por sua luta, história e méritos inigualáveis!
JÚRI
O corpo de jurados do 21o Prêmio Guarani de Cinema Brasileiro foi composto pelo editor-chefe Robledo Milani, pelo editor Marcelo Müller e pelos colaboradores do Papo de Cinema Bianca Zasso, Leonardo Ribeiro, Marina Paulista, Matheus Bonez, Rodrigo de Oliveira, Wallace Andrioli e Yuri Correa, além dos críticos convidados Adriana Androvandi (Correio do Povo), Alysson Oliveira (Cineweb), Amanda Aouad (Cine Pipoca Cult), Bruno Giacobbo (Blah Cultural), Camila Vieira (Sobrecinema), Cecília Barroso (Cenas de Cinema), Celso Sabadin (Planeta Tela), Chico Fireman (Filmes do Chico), Daniel Herculano (Clube Cinema), Daniel Medeiros (7 Marte), Daniel Oliveira (O Tempo), Francisco Russo (Adoro Cinema), Giordano Gio (Fila K), Ismaelino Pinto (O Liberal), João Nunes (Correio Popular), Leonardo Bomfim (Teorema), Paulo Daisson (Zinematógrafo), Paulo Neto (Drops Mag), Renato Acha (Acha Brasília), Renato Cabral (Calvero), Roberto Cunha (Preview), Sergio Rizzo (O Globo) e Suyene Santos (Bangalô Cult).
FILME PREMIADOS:
Chatô: O Rei do Brasil (13 indicações)
PRÊMIOS (6): Ator, Roteiro Adaptado, Montagem, Figurino, Direção de Arte, Maquiagem,
INDICAÇÕES: Filme, Direção, Fotografia, Trilha Sonora, Som, Efeitos Especiais, Elenco
Que Horas Ela Volta? (12 indicações)
PRÊMIOS (6): Filme, Direção, Atriz, Roteiro Original, Elenco, Revelação
INDICAÇÕES: Ator Coadjuvante, Atriz Coadjuvante, Montagem, Trilha Sonora, Som, Direção de Arte
A História da Eternidade (11 indicações)
PRÊMIOS (4): Ator Coadjuvante, Atriz Coadjuvante, Fotografia, Trilha Sonora,
INDICAÇÕES: Filme, Direção, Roteiro Original, Montagem, Figurino, Direção de Arte, Elenco
A Estrada 47 (6 indicações)
PRÊMIOS (2): Som, Efeitos Especiais
INDICAÇÕES: Fotografia, Figurino, Direção de Arte, Maquiagem
Cássia (1 indicação)
PRÊMIO (1): Documentário
Mad Max: Estrada da Fúria (1 indicação)
PRÊMIO (1): Filme Estrangeiro
FILMES INDICADOS:
Amor, Plástico e Barulho (7 indicações): Atriz, Atriz Coadjuvante, Trilha Sonora, Figurino, Direção de Arte, Maquiagem, Revelação
Branco Sai Preto Fica (6 indicações): Filme, Direção, Roteiro Original, Montagem, Trilha Sonora, Som
Casa Grande (6 indicações): Filme, Direção, Ator Coadjuvante, Roteiro Original, Elenco, Revelação
Califórnia (4 indicações): Atriz, Ator Coadjuvante, Figurino, Elenco
Entre Abelhas (4 indicações): Ator, Atriz Coadjuvante, Roteiro Original, Efeitos Especiais
Obra (4 indicações): Ator, Montagem, Fotografia, Som
Sangue Azul (3 indicações): Ator, Fotografia, Maquiagem
A Hora e a Vez de Augusto Matraga (2 indicações): Ator, Roteiro Adaptado
Ausência (2 indicações): Atriz Coadjuvante, Revelação
Condado Macabro (2 indicações): Maquiagem, Efeitos Especiais
Em Três Atos (2 indicações): Atriz, Roteiro Adaptado
Real Beleza (2 indicações): Atriz, Ator Coadjuvante
A Gangue (1 indicação): Filme Estrangeiro
Beira-Mar (1 indicação): Revelação
Chico: Artista Brasileiro (1 indicação): Documentário
Depois de Tudo (1 indicação): Roteiro Adaptado
Dois Dias, Uma Noite (1 indicação): Filme Estrangeiro
Leviatã (1 indicação): Filme Estrangeiro
O Clube (1 indicação): Filme Estrangeiro
O Sal da Terra (1 indicação): Documentário
Olmo e a Gaivota (1 indicação): Documentário
Operações Especiais (1 indicação): Efeitos Especiais
Permanência (1 indicação): Roteiro Adaptado
Últimas Conversas (1 indicação): Documentário
Deixe um comentário