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Recebemos com muita alegria a notícia de que A Gis venceu o grande prêmio da crítica que representa o 23Prêmio Guarani. Maior honra de estar junto com tanto filme bom – o fato de quase termos dividido o primeiro lugar com o belo e angustiante curta Tentei, e ter entre os vencedores o querido As Duas Irenes, que foi exibido junto conosco em Gramado, e o necessário Martírio, do igualmente necessário Vincent Carelli.
Exalto, como comentei na indicação para o prêmio, a importância da crítica e das curadorias dos festivais para se fazer ver o cinema que é feito no Brasil. Um cinema que está pulsando, como revela um festival tão necessário e que assustadoramente periga não ocorrer este ano, o CachoeiraDoc. Como ficaremos esse ano sem o aprendizado profundo que ele traz? Insisto na importância seminal de eventos como esse para a crítica brasileira, na raiz desassossegada do termo “crítica”. Pelo que revela e pela forma como se estrutura. Recomendo ler os textos de Amaranta César, idealizadora do festival, para acessar ferramentas conceituais transformadoras. E aproveito para compartilhar algumas das pedradas epistemológicas que o festival revelou em 2017, já que o Prêmio Guarani relembra revelações da última temporada: Deus, de Vinícius Silva; Travessia, de Safira Moreira; Na Missão, com Kadu, de Aiano Bemfica, Kadu Freitas e Pedro Maia de Brito (que é possível assistir online); e Ava Ivy Vera: A Terra do Povo do Raio, de Genito Gomes, Valmir Gonçalves Cabreira, Jhonn Nara Gomes, Jhonatan Gomes, Edina Ximenez, Dulcídio Gomes, Sarah Brites e Joilson Brites.
Parabéns pela grande articulação da crítica que a premiação representa e vida longa ao Prêmio Guarani!

Thiago Carvalhaes
Premiado 
como Melhor Curta-Metragem por A Gis