Bingo: O Rei das Manhãs é o campeão de indicações deste ano, concorrendo em 15 categorias!
Um novo recorde foi batido: 30 longas-metragens receberam ao menos uma indicação neste ano, superando a marca anterior, que era de 29 filmes em 2016! Em 2017 foram 149 lançamentos nacionais nos cinemas, todos qualificáveis a disputar o 23o Prêmio Guarani de Cinema Brasileiro. E além dos trinta selecionados, temos ainda os cinco concorrentes a Melhor Filme Estrangeiro – representantes da Alemanha, Chile, Coréia do Sul, Irã e Portugal – e cinco curtas-metragens, que pela primeira vez na história da premiação irão disputar uma categoria própria. Esta, aliás, é uma das duas novidades desta edição: a outra é a disputa de Melhor Animação, em que foram indicados 3 dos sete longas do gênero que chegaram ao circuito nacional no último ano. Atento a esse fenômeno, o Guarani não apenas aponta o bom momento, mas incentiva, reconhecendo o melhor desta safra.
Bingo: O Rei das Manhãs é o campeão de indicações, com 15. Logo atrás vem Como Nossos Pais, na disputa por nove categorias, seguido por As Duas Irenes e Corpo Elétrico, ambos com sete indicações. Os quatro disputam a categoria principal, a de Filme do Ano, ao lado de No Intenso Agora, que recebeu cinco indicações – este é o único dos cinco documentários lembrados a concorrer em outras categorias, além da respectiva. Entre os intérpretes, Irandhir Santos recebeu sua sétima indicação, enquanto que Leandra Leal realizou um feito inédito: a primeira vez que uma atriz (ou ator) recebe duas indicações, por dois trabalhos diferentes, numa mesma categoria! Com isso, ela recebeu sua sexta – e sétima – indicação! Já José Dumont recebeu sua sexta indicação, a primeira desde 2006!
Era o Hotel Cambridge, Joaquim e O Filme da Minha Vida receberam, cada um, seis indicações. São os títulos mais lembrados que, no entanto, ficaram de fora da disputa principal. Já entre os curtas, destaque para as presenças dos vencedores dos festivais de Gramado, Brasília e do É Tudo Verdade. Todos os indicados do 23o Prêmio Guarani de Cinema Brasileiro foram escolhidos a partir dos votos dos quase 30 membros da Academia Guarani de Cinema Brasileiro, profissionais da crítica nacional de todo o país, a maioria ligados às principais associações da classe: ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), ACCIRS (Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul), ACECCINE (Associação Cearense de Críticos de Cinema) e ACCRJ (Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Confira a seguir a relação completa com todos os concorrentes desta edição:
FILME DO ANO
Os dois filmes com o maior número de indicações – Bingo: O Rei das Manhãs e Como Nossos Pais – foram produzidos pelo mesmo trio: Caio Gullane, Debora Ivanov e Fabiano Gullane. Os três, aliás, foram premiados nesta mesma categoria por Que Horas Ela Volta? (2015) e por O Lobo Atrás da Porta (2014) – e concorreram também por Tabu (2013), As Melhores Coisas do Mundo (2010), Chega de Saudade (2008) e Nina (2004). Bolognesi e Caio foram premiados ainda por Bicho de Sete Cabeças (2001), enquanto que os irmãos Gullane somam mais uma indicação por O Ano em que meus Pais saíram de Férias (2006). Dos demais indicados, apenas Diana Almeida já havia concorrido antes: ela está em sua segunda indicação (após ter disputado por Hoje eu Quero Voltar Sozinho, 2014). Enquanto que Bingo: O Rei das Manhãs foi o representante oficial do Brasil no Oscar 2018, Como Nossos Pais foi o grande vencedor do Festival de Gramado, além de ter sido selecionado para o Festival de Berlim – assim como No Intenso Agora e As Duas Irenes. Corpo Elétrico, por sua vez, foi o melhor filme do ano pela APCA – Associação Paulista de Críticos de Arte.
DOCUMENTÁRIO
Dos cinco indicados, apenas Nora Goulart já foi premiada nesta categoria – por O Mercado de Notícias (2014). Cidades Fantasmas chega com força também por ter sido o vencedor do É Tudo Verdade, o maior festival de documentários da América Latina. A concorrência, no entanto, é acirrada. No Intenso Agora, além de ter sido exibido no Festival de Berlim, foi indicado aos Prêmios Fénix – o Oscar do cinema latino-americano – enquanto que Martírio, premiado no Festival de Brasília, foi eleito o melhor documentário do ano pela APCA. Divinas Divas, estreia de Leandra Leal como diretora, foi premiado pela audiência no SXSW Film Festival, nos EUA, e no Festival do Rio, e Jonas e o Circo sem Lona viajou o mundo, tendo sido reconhecido por festivais como o de Austin, no EUA, e MiradasDoc, nas ilhas Canárias.
ANIMAÇÃO
É a primeira vez na história do Prêmio Guarani que essa categoria está em disputa. Dos três indicados, temos um grande sucesso de bilheteria – Lino: Uma Aventura de Sete Vidas levou mais de 300 mil espectadores aos cinemas – e uma adaptação de uma série de tevê – Historietas Assombradas: O Filme, inspirado no programa Historietas Assombradas (para Crianças Malcriadas), também de Victor-Hugo Borges. Os dois terão pela frente História Antes de uma História, um dos dois longas lançados no último ano pelo Núcleo de Cinema de Animação de Campinas. Este, aliás, está entre os finalistas também no Prêmio Platino, assim como Lino: Uma Aventura de Sete Vidas.
CURTA-METRAGEM
Vinte curtas-metragens, premiados nos principais festivais do gênero de todo o país em 2017, foram pré-selecionados para essa categoria. Após assistirem a todos os concorrentes, os membros da Academia Guarani de Cinema Brasileiro apontaram os cinco melhores títulos desta temporada. Entre os finalistas temos os vencedores dos festivais de Brasília (Tentei, de Laís Melo) e de Gramado (A Gis, de Thiago Carvalhaes). Há também o campeão do É Tudo Verdade (Boca de Fogo, de Luciano Pérez Fernández) e de dois festivais exclusivos para curtas-metragens: Curta Brasília (Capitão Brasil, de Felipe Poroger) e Curta Taquary, em Pernambuco (Quando Os Dias Eram Eternos, de Marcos Vasconcelos).
FILME ESTRANGEIRO
Novamente, os EUA ficaram de fora da disputa. E isso se deve à grande quantidade de títulos norte-americanos lançados no Brasil. Ao todo, 13 produções do país foram lembradas pelos votantes da Academia Guarani de Cinema Brasileiro, porém nenhuma recebeu uma quantia suficiente de votos para se posicionar entre os cinco finalistas. Estes, por sua vez, foram compostos por um título sul-americano, dois europeus e dois asiáticos. É o segundo ano consecutivo que a Coréia do Sul entra na disputa. Nenhum desses países já ganhou um Guarani, no entanto. O Apartamento e Uma Mulher Fantástica ganharam o Oscar (um em 2017, o outro em 2018), Toni Erdmann foi premiado em Cannes, A Criada ganhou o Bafta e O Ornitólogo foi indicado ao Prêmios Fénix.
DIREÇÃO
Dos cinco indicados, apenas Laís Bodanzky já foi premiada nesta categoria – por Bicho de Sete Cabeças (2001). Daniel Rezende possui já três Guaranis e cinco indicações prévias no total, mas sempre na categoria de Melhor Montagem. Eliane Café está em sua segunda indicação nessa categoria, e Fabio Meira concorre aqui pela primeira vez (ele já concorreu a Roteiro Original), enquanto que João Moreira Salles está em sua terceira indicação nessa categoria (concorreu por Entreatos, 2004, e por Santiago, 2007), sem nunca ter ganho. Ao todo, esta é a décima indicação dele, que já possui três Guaranis no currículo.
ATRIZ
Pela primeira vez em 23 anos de premiação, um intérprete conseguiu ser indicado por dois trabalhos diferentes numa mesma categoria. E a responsável por esse feito foi Leandra Leal, que concorre por suas atuações em Éden (que lhe valeu o Kikito de Melhor Atriz no Festival de Gramado 2013) e em Bingo: O Rei das Manhãs. Mas também, além destes ela esteve, no último ano, ainda em Love Film Festival, O Rastro e La Vingança, além de ter dirigido o documentário Divinas Divas! Ela tem cinco indicações anteriores, tendo ganho uma vez (O Lobo Atrás da Porta, 2014). Das demais concorrentes, apenas Karine Teles já foi premiada, por Riscado (2011) – esta é sua terceira indicação. Por este trabalho, foi reconhecida como Melhor Atriz no Festival do Rio. Marjorie Estiano concorreu apenas uma vez antes, e como Coadjuvante, por Malu de Bicicleta (2011), enquanto que Maria Ribeiro é a novata, concorrendo pela primeira vez ao Guarani – ela ganhou o Kikito de Melhor Atriz no Festival de Gramado 2017 por esta atuação.
ATOR
Irandhir Santos é um dos recordistas do Prêmio Guarani, e além das seis indicações anteriores, possui quatro vitórias – duas nesta categoria, por Febre do Rato, 2012, e Tatuagem, 2013. Nenhum dos demais concorrentes já foi premiado. Nelson Xavier tem agora sua terceira indicação – a segunda póstuma, pois concorreu também no ano passado, por A Despedida (2016). Por Comeback ele foi premiado como Melhor Ator no Festival do Rio. João Pedro Zappa tem uma indicação anterior, mas como Revelação (Boa Sorte, 2014), enquanto que Julio Machado e Vladimir Brichta – premiado como Melhor Ator pela APCA – estão concorrendo pela primeira vez ao Guarani.
ATRIZ COADJUVANTE
Das cinco indicadas, apenas Cássia Kis já foi premiada nesta categoria, e mais de uma vez. Com quatro indicações, sempre como Coadjuvante, ela possui duas vitórias: A Festa da Menina Morta (2010) e Bróder (2012). Ana Lúcia Torre e Caroline Abras também possuem seus Guaranis, porém em outras categorias: a primeira ganhou como protagonista de Reflexões de um Liquidificador (2010), e a segunda como Revelação por Se Nada Mais Der Certo (2009). Já as veteranas Clarisse Abujamra (premiada no Festival de Gramado e pela APCA) e Suely Franco estão, ambas, em suas primeiras indicações ao Guarani.
ATOR COADJUVANTE
O cantor – e ator bissexto – Jorge Mautner é o único novato desta categoria, concorrendo pela primeira vez. Todos os demais já foram premiados, ao menos uma vez. Marco Ricca – reconhecido por este trabalho no Festival de Gramado – está em sua quinta indicação, a primeira nesta categoria (ganhou como Melhor Ator por Chatô: O Rei do Brasil, 2015), enquanto que Julio Andrade – premiado por este mesmo filme como Melhor Ator no Festival do Rio – concorre pela quarta vez – ganhou, também como coadjuvante, por Gonzaga: De Pai pra Filho (2012). Marat Descartes tem aqui sua quarta indicação – foi premiado como coadjuvante por Trabalhar Cansa (2011), enquanto que o veterano José Dumont é um dos recordistas da premiação: esta é sua sexta indicação! Ele já ganhou duas vezes, primeiro como protagonista de Kenoma (1998), e depois como coadjuvante de 2 Filhos de Francisco (2005).
REVELAÇÃO
Não é a primeira vez que um mesmo filme consegue preencher duas vagas dessa categoria. Títulos como Gonzaga: De Pai pra Filho (2012) e Hoje eu Quero Voltar Sozinho (2014) chegaram a ter 3 indicados de uma só vez – e ambos foram premiados! Será que isso aumenta as chances de As Duas Irenes? Por outro lado, no ano passado, foram 4 homens contra 1 mulher na disputa – e foi ela que saiu vitoriosa. Com a situação dessa vez inversa – são quatro mulheres contra um homem – será que Kelner Macedo pode ser considerado o favorito?
ELENCO
Os indicados nesta categoria não são os conjuntos de atores, e sim os responsáveis por suas escolhas e treinamentos. Produtores de elenco, responsáveis pelos ensaios e preparos cênicos recebem aqui o reconhecimento à altura do trabalho que executam junto aos intérpretes, proporcionando um grupo equilibrado e em sintonia com o que o diretor e a história pedem de todos eles. Neste ano, dos cinco indicados, apenas um – Redemoinho – não concorre também na categoria principal, a de Melhor Filme, deixando clara a importância do trabalho aqui apresentado.
DIREÇÃO DE ARTE
Dos cinco indicados nesta categoria, quatro já foram premiados anteriormente – o único novato é Valdy Lopes, que tem em Vazante sua primeira indicação. Claudio Amaral Peixoto está em sua décima indicação – ganhou por O Palhaço (2011), que, assim como O Filme da Minha Vida, também foi uma parceria com o diretor Selton Mello. Cassio Amarante tem aqui sua sexta indicação – ganhou por Encarnação do Demônio (2008) – enquanto que Marcos Pedroso está concorrendo pela quinta vez – ganhou por A Máquina (2006). Por fim, Tulé Peake também está em sua sexta indicação, mas já conta com duas vitórias: por A Suprema Felicidade (2010) e por Cidade de Deus (2002). E por Malasartes e o Duelo com a Morte, ele foi premiado no Cine Ceará.
EFEITOS ESPECIAIS
Sergio Farjalla Jr., que concorre por Soundtrack, tem aqui sua vigésima indicação – ele é um dos recordistas do Prêmio Guarani! Ele já ganhou em três ocasiões: O Coronel e o Lobisomem (2005), Tropa de Elite (2007) e Serra Pelada (2013). Dos demais indicados, apenas Hugo Gurgel concorreu em ocasiões anteriores, por Reis e Ratos (2012) e por Xingu (2012), sem nenhuma vitória, no entanto. Todos os outros são estreantes da premiação. Dos cinco longas indicados, tanto Clarisse ou Alguma Coisa sobre Nós Dois quanto O Rastro tiveram aqui suas únicas indicações.
FIGURINO
Mais uma recordista do Guarani: Kika Lopes está em sua décima quarta indicação, por O Filme da Minha Vida, já tendo ganho três vezes: por O Palhaço (2011) – também dirigido por Selton Mello – por Zuzu Angel (2006) e por Mauá: O Imperador e o Rei (1999). Veronica Julian conta com quatro indicações prévias, já tendo ganho por Castelo Rá-Tim-Bum: O Filme (2000), enquanto que Cássio Brasil tem aqui sua terceira indicação. Rô Nascimento tem uma única indicação anterior, e, por fim, Ana Avelar é a estreante, concorrendo pela primeira vez ao Prêmio Guarani.
FOTOGRAFIA
Pai e filho na mesma disputa. Walter e Lula Carvalho concorrem por filmes diferentes, mas ambos já foram premiados anteriormente. O primeiro é um dos recordistas do Guarani, já tendo concorrido outras dezesseis vezes – só nessa categoria foram treze indicações, tendo ganho inacreditáveis seis vezes: Heleno (2012), Baixio das Bestas (2007), Amarelo Manga (2003), Lavoura Arcaica (2002), Central do Brasil (1998) e Terra Estrangeira (1995). O segundo, por sua vez, tem neste ano sua sexta indicação, já tendo ganho por A Festa da Menina Morta (2009). Os demais são estreantes na categoria e na premiação.
MAQUIAGEM
Duas profissionais dominaram as indicações neste ano: Anna Van Steen, que concorre por três filmes diferentes, e Marlene Moura, que concorre por outros dois. A primeira já ganhou em duas ocasiões – por Elis (2016) e por Carandiru (2003) – e tem aqui suas quinta, sexta e sétima indicações! A segunda, por outro lado, já ganhou três Guaranis: por O Palhaço (2011), por Olga (2004) e por O Auto da Compadecida (2000), enquanto que neste ano recebeu suas sexta e sétima indicações. Agora, ambas estão empatadas em número de vezes que foram lembradas pelos votantes da premiação. Evelyn Barbieri, que trabalhou com Anna Van Steen em Joaquim, concorre pela primeira vez, ao contrário de Uirandê Holanda, parceiro de Marlene Moura em O Filme da Minha Vida: esta é a quarta indicação dele, que não conta com nenhuma vitória até hoje.
MONTAGEM
Os seis indicados nesta categoria nunca foram premiados anteriormente, e estão todos em busca do primeiro Guarani. Estas, no entanto, são as terceira e quarta indicações de Marcio Hashimoto – ele concorreu antes por Faroeste Caboclo (2013) e por Serra Pelada (2013), também no mesmo ano! Enquanto que Eduardo Escorel está em sua segunda indicação – a anterior foi por outra parceria com o diretor João Moreira Salles, o documentário Santiago (2007).
ROTEIRO ADAPTADO
Dois atores estão concorrendo nesta categoria: Selton Mello e Martha Nowill. Ele, em parceria com Marcelo Vindicatto, tem um Guarani de roteiro – original, no entanto – por O Palhaço (2011), e ambos foram indicados, também juntos, por Feliz Natal (2008) – novamente original. Já Nowill, em parceria com o diretor Charly Braun, está concorrendo pela primeira vez, assim como Patricia Andrade, lembrada neste ano por seu trabalho no drama Entre Irmãs. George Moura tem uma vitória anterior, e também na categoria irmã de roteiro original, por Linha de Passe (2008), enquanto que Luiz Bolognesi é o único que já ganhou por um trabalho adaptado, por Bicho de Sete Cabeças (2001), além de ter concorrido por As Melhores Coisas do Mundo (2010).
ROTEIRO ORIGINAL
Novamente temos Luiz Bolognesi na disputa – ele é o único, neste ano, a concorrer nas duas categorias de roteiro. E, como original, ele tem duas indicações prévias: por Uma História de Amor e Fúria (2013) e por Chega de Saudade (2008). Ao todo, Bolognesi recebeu neste ano suas sétima e oitava indicações ao Guarani, já tendo ganho em três ocasiões! Hilton Lacerda, por outro lado, tem mais indicações – está é a sua décima – mas só ganhou uma vez, pelo texto original de Febre do Rato (2012). Laís Bodanzky e Fábio Meira, ambos indicados também à Direção, possuem uma indicação prévia nesta categoria. Os demais estão todos concorrendo pela primeira vez ao Prêmio Guarani.
SOM
Nada menos do que 14 profissionais estão indicados nesta categoria! E alguns são verdadeiros recordistas da premiação. Miriam Biderman está em sua décima segunda indicação, já tendo ganho por Carandiru (2003). Alessandro Laroca concorreu outras doze ocasiões, e ganhou cinco vezes: Tropa de Elite 2 (2010), Chega de Saudade (2008), Tropa de Elite (2007), 2 Filhos de Francisco (2005) e Cidade de Deus (2002). Eduardo Virmond Lima , também premiado por Tropa de Elite (2007), está em sua oitava indicação, enquanto que Simone Petrillo concorre pela terceira vez, já tendo ganho por A Máquina (2006). Tanto Armando Torres Jr. (terceira indicação), quanto Yan Saldanha e Vitor Moraes (ambos em suas segundas indicações) estão em busca de suas primeiras vitórias. Os demais são estreantes na premiação.
TRILHA SONORA
O destaque nesta categoria é a presença de Antonio Pinto, que está em sua décima indicação, tendo ganho duas vezes antes: por Cidade de Deus (2002) e por Central do Brasil (1998). Outro já premiado foi Plinio Profeta, vencedor por O Palhaço (2011) e indicado por Feliz Natal (2008) – todas parcerias com o diretor Selton Mello, assim como O Filme da Minha Vida, trabalho pelo qual foi lembrado neste ano. Beto Villares está em sua quarta indicação, e é curiosa a presença entre os finalistas de Marcelo Caetano, que recebeu ao todo quatro indicações neste ano: concorre ainda como produtor, diretor de elenco e roteirista, todas por Corpo Elétrico.
RANKING:
Um total de 30 longas-metragens nacionais (mais longas estrangeiros e curtas-metragens) receberam ao menos uma indicação em no mínimo uma das 22 categorias competitivas do 23o Prêmio Guarani de Cinema Brasileiro. Novamente, um recorde foi batido: em 2017 foram 29 filmes, em 2016 reduziu-se para 25 títulos e em 2015 tivemos 27 concorrentes distintos. Com 15 indicações, Bingo: O Rei das Manhãs por pouco não se tornou o filme com o maior número de indicações de toda a história da premiação, e ficou ao lado de Abril Despedaçado (2001) com a mesma quantidade de categorias disputadas. O campeão, no entanto, segue sendo A Máquina (2005), que recebeu 16 indicações.
Todos os indicados às 22 categorias do 23o Prêmio Guarani foram escolhidos a partir de uma consulta com cerca de 30 profissionais atuantes da crítica brasileira, de norte a sul do país. A Academia Guarani de Cinema Brasileiro em 2018 contou com, em sua maioria, com críticos ligados às principais associações do Brasil (ABRACCINE, ACCIRS, ACECCINE e ACCRJ). Esta é, portanto, a maior premiação da crítica de cinema no Brasil! Confira, a seguir, a relação completa de longas indicados neste ano:
Bingo: O Rei das Manhãs (15): Filme; Direção; Atriz; Ator; Atriz Coadjuvante; Elenco; Direção de Arte; Efeitos Especiais; Figurino; Fotografia; Maquiagem; Montagem; Roteiro Adaptado; Som; Trilha Sonora;
Como Nossos Pais (09): Filme; Direção; Atriz; Atriz Coadjuvante; Ator Coadjuvante; Elenco; Montagem; Roteiro Original; Trilha Sonora;
As Duas Irenes (07): Filme; Direção; Ator Coadjuvante; Revelação; Revelação; Elenco; Roteiro Original;
Corpo Elétrico (07): Filme; Revelação; Elenco; Fotografia; Montagem; Roteiro Original; Trilha Sonora;
Era o Hotel Cambridge (06): Direção; Atriz Coadjuvante; Ator Coadjuvante; Montagem; Roteiro Original; Som;
Joaquim (06): Ator; Revelação; Direção de Arte; Figurino; Fotografia; Maquiagem;
O Filme da Minha Vida (06): Direção de Arte; Figurino; Fotografia; Maquiagem; Roteiro Adaptado; Trilha Sonora;
No Intenso Agora (05): Filme; Documentário; Direção; Montagem; Trilha Sonora;
Redemoinho (05): Ator; Atriz Coadjuvante; Ator Coadjuvante; Elenco; Roteiro Adaptado;
Comeback (03): Ator; Roteiro Original; Som;
Entre Irmãs (03): Atriz; Figurino; Roteiro Adaptado;
Malasartes e o Duelo com a Morte (03): Direção de Arte; Efeitos Especiais; Maquiagem;
Vazante (03): Direção de Arte; Figurino; Fotografia;
Gabriel e a Montanha (02): Ator; Atriz Coadjuvante;
Mulher do Pai (02): Ator Coadjuvante; Revelação;
Soundtrack (02): Efeitos Especiais; Som;
A Criada (01): Filme Estrangeiro;
A Gis (01): Curta-metragem;
Boca de Fogo (01): Curta-metragem;
Capitão Brasil (01): Curta-metragem;
Cidades Fantasmas (01): Documentário;
Clarisse ou Alguma Coisa sobre Nós Dois (01): Efeitos Especiais;
Deserto (01): Maquiagem;
Divinas Divas (01): Documentário;
Éden (01): Atriz;
Fala Comigo (01): Atriz;
História Antes de uma História (01): Animação;
Historietas Assombradas: O Filme (01): Animação;
Jonas e o Circo sem Lona (01): Documentário;
Lino: Uma Aventura de Sete Vidas (01): Animação;
Martírio (01): Documentário;
O Apartamento (01): Filme Estrangeiro;
O Ornitólogo (01): Filme Estrangeiro;
O Rastro (01): Efeitos Especiais;
Quando Os Dias Eram Eternos (01): Curta-metragem;
Rifle (01): Som;
Tentei (01): Curta-metragem;
Toni Erdmann (01): Filme Estrangeiro;
Uma Mulher Fantástica (01): Filme Estrangeiro;
Vermelho Russo (01): Roteiro Adaptado;
Os vencedores do 23o Prêmio Guarani de Cinema Brasileiro, a maior e mais ampla premiação da crítica de cinema no Brasil, serão revelados no dia 04 de maio de 2017.