Helena Ignez (1942-)

 

Depois de Antônio Pitanga, Paulo José, Ruth de Souza e Tônia Carrero, a escolhida para receber o quinto Guarani Honorário foi a atriz e diretora Helena Ignez. Nascida em 23 de maio de 1942 em Salvador, na Bahia, ela tem seu nome fortemente ligado ao cinema nacional. Desde seus primeiros trabalhos – O Assalto ao Trem Pagador (1962) ou Copacabana Mon Amour (1970), por exemplo – se acostumou a encarnar figuras sedutoras e enigmáticas. Por O Padre e a Moça (1966) receberia o primeiro candango de Melhor Atriz no Festival de Brasília – o segundo viria apenas três anos depois, por A Mulher de Todos (1969). Nada foi tão marcante, no entanto, quanto sua participação em O Bandido da Luz Vermelha (1968), um dos grandes clássicos da cinematografia brasileira. Ela foi casada com Rogério Sganzerla e Glauber Rocha, e assim como os dois, também deixou seu nome marcado por trás das câmeras. Como realizadora, foi premiada no Festival de Gramado (Canção de Baal, 2007) e no Festival de Locarno (Luz nas Trevas, 2010). Por este último, foi indicada ao Grande Prêmio do Cinema Brasileiro – o Oscar nacional – como Melhor Roteiro Adaptado, e também ao Prêmio Guarani de Cinema Brasileiro, como Melhor Trilha Sonora. Mãe das atrizes e cineastas Paloma Rocha, Sinai Sganzerla e Djin Sganzerla, é um exemplo vivo do que de melhor e mais ousado pode ser feito no cinema nacional.