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Esta semana traz um momento importante na saga 007. Com o lançamento de 007: Sem Tempo para Morrer (2021), Daniel Craig se despede oficialmente do papel de James Bond, abrindo o caminho para novos concorrentes ao posto do agente secreto. Muito já foi especulado sobre a presença de um Bond negro (especialmente Idris Elba e Regé-Jean Page) e de uma mulher no papel, no entanto a produtora Barbara Broccoli prometeu que não fará qualquer negociação para o futuro da franquia antes de 2022.
Para além das escolhas de elenco, especula-se que o projeto possa partir para outra direção, apelando a um público mais jovem, ou reformulando a personalidade do protagonista. Ben Whishaw, que interpreta pela terceira vez o personagem Q, acredita que uma mudança “radical” seja necessária para tornar o projeto relevante aos dias de hoje:
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007: Sem Tempo para Morrer

“Se quiserem continuar com este personagem e com a franquia, daria para extrapolar e fazer algo novo. Eu não sei o que poderia ser, mas me parece que deveria ser algo bastante radical, algo bem diferente. Os filmes precisam mudar, eles precisam continuar mudando. Estamos em tempos diferentes. Sempre haverá pessoas que desejam que as coisas fiquem do jeito que eram muito tempo atrás, e elas são importantes, porque amam estes filmes. Mas acredito que seja possível fazer os dois. Você pode honrar o personagem e a tradição, mas modernizar também. Acredito que isso seja necessário, senão a série vai virar uma peça de museu”, explica o ator ao podcast Just for Variety.
De qualquer modo, 007: Sem Tempo para Morrer ainda tem uma longa carreira pela frente, com potencial de se tornar uma das maiores bilheterias de 2021. O filme dirigido por Cary Fukunaga recebeu críticas majoritariamente positivas em sua primeira exibição à imprensa norte-americana, e tem previsão de estreia com US$ 90 milhões nas bilheterias dos Estados Unidos nos três dias de lançamento, segundo estimativa da Variety.

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Crítico de cinema desde 2004, membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema). Mestre em teoria de cinema pela Universidade Sorbonne Nouvelle - Paris III. Passagem por veículos como AdoroCinema, Le Monde Diplomatique Brasil e Rua - Revista Universitária do Audiovisual. Professor de cursos sobre o audiovisual e autor de artigos sobre o cinema. Editor do Papo de Cinema.
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