Uma das principais características do 21º Festival Internacional de Cine de Punta Del Este são as homenagens. E não apenas aos brasileiros, como as feitas a Vinícius de Moraes e à Família Barreto nos primeiros dias da programação. Outros referendados foram o cineasta chileno Silvio Caiozzi, que veio ao balneário uruguaio apresentar seu mais recente trabalho, o drama Y De Pronto Al Amanecer (2017), recentemente premiado no Festival de Montreal, no Canadá. Com mais de três horas de duração, o longa assustou alguns dos espectadores, mas não o seu diretor: “o tempo fílmico é diferente do tempo real. Às vezes, um filme de uma hora e meia pode dar a impressão de ter durado cinco horas a quem o assiste, enquanto que outros com três ou quatro horas podem passar tão rápido que nem percebemos. A duração que meu filme tem não me preocupa, e sim se eles são capazes ou não de capturar a atenção de quem estiver na plateia”, comentou Caiozzi.
O terceiro dia de atividades em Punta Del Este foi marcado pela exibição de dois longas muito aguardados: o argentino O Último Traje (2017) e o brasileiro A Fera na Selva (2017). O primeiro foi representado pelo protagonista, Miguel Angel Solá. Conhecido do público brasileiro por ter sido um dos personagens principais de Coração Iluminado (1998), longa de Hector Babenco, Solá é um dos mais premiados atores argentinos da atualidade, já tendo recebido duas vezes o prêmio de Melhor Ator pela Associação de Críticos de Cinema Argentinos, além de honrarias nos festivais de Biarritz, Cartagena e Havana, entre outros. Extremamente simpático, ele é também bastante conhecido no Uruguai. Ao final da sessão de seu filme, aplausos entusiasmados tomaram conta da Sala Cantegril, onde se exibe a programação principal. “Estou muito feliz, esse foi um filme feito com muito carinho, ao qual nos dedicamos por muito tempo. Tive colegas de elenco incríveis, e a história pode tocar ao coração de todos. Sem falar que estou presente em 100% das cenas, então foi também um grande esforço. Espero muito que tenham gostado”, comentou com o público. O Último Traje foi exibido no Brasil durante a programação da 41º Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, e ainda não possui data de estreia no país.
O dia terminou com a projeção, fora de competição, do brasileiro A Fera na Selva, de Paulo Betti, Eliane Giardini e Lauro Escorel. Quem veio ao Uruguai representando o filme foi o diretor, roteirista e protagonista Paulo Betti, que se demonstrou muito feliz com o convite: “este é um filme muito teatral, com bastante texto, com dois personagens que falam o tempo todo. Mesmo assim, o público uruguaio parece ter se envolvido com a história, ficaram atentos do início ao fim, e isso me deixou muito satisfeito. Acho que temos potencial de termos um bom lançamento no Brasil, ainda mais após nossa passagem pelo Festival de Gramado e pela Mostra de São Paulo no ano passado. Os espectadores estão curiosos, querem ver essa história, que já vivemos no teatro, mas agora ganhou uma nova cara no cinema. É sempre uma grande aventura, mas creio que aqui estou com as melhores companhias”, comentou Betti.
:: Confira nossa cobertura especial do 21º FIC Punta Del Este ::
(Robledo Milani está no Uruguai a convite do 21º FIC Punta Del Este)
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