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Realizado desde 1996, o Prêmio Guarani do Cinema Brasileiro é o maior e mais amplo destaque conferido anualmente pela crítica especializada do Brasil. E desde 2015 foi instaurado o Guarani Honorário, reconhecimento ao mérito das carreiras de artistas incontornáveis do cinema brasileiro. Neste ano, a distinção será concedida a Tony Tornado que, aos 93 anos de idade, é uma das principais lendas vidas do cenário artístico do nosso país. Vale destacar que neste ano o Prêmio Guarani sofreu uma série de atrasos em virtude de contingências, tais como o acúmulo de festivais e outras atividades cinematográficas no segundo semestre, quando tradicionalmente as indicações e o trâmite de votação acontecem. Levando em consideração que o colegiado é a nata da crítica de cinema do país, público diretamente envolvido nas atividades citadas, foi inviável realizar o Guarani antes da últimas semanas de 2023. Mas, você não perde por esperar, pois os vencedores da importante premiação sairão antes mesmo que 2024 chegue para dar o ar da graça. O Guarani Honorário é entregue desde 2015, quando a homenageada foi a atriz Tônia Carrero. Nos anos seguintes foram reconhecidos os seguintes artistas: Ruth de Souza (2016), Paulo José (2017), Antonio Pitanga (2018), Helena Ignez (2019), Leonardo Villar (2020), Laura Cardoso (2021), Lima Duarte (2022). Tony Tornado será, portanto, o nono grande nome da sétima arte nacional a ser agraciado com esta homenagem.

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“Desde a sua criação, o Guarani Honorário sempre foi pensado para celebrar as carreiras de grandes artistas, também com critérios de escolha orientados pela diversidade, seja ela de gênero, raça ou de qualquer outra ordem. Muito nos honra celebrar a carreira de um gigante da música, do cinema, da TV e do teatro, alguém que, mesmo nonagenário, continua na ativa e com uma vitalidade impressionante”, diz Robledo Milani, editor-chefe do Papo de Cinema e idealizador do Prêmio Guarani.

Antônio Viana Gomes nasceu na cidade de Mirante do Paranapanema, no estado de São Paulo. Iniciou a sua carreira nos anos 1960 com o nome artístico de Tony Checker, dublando e dançando no programa Hoje é dia de Rock (1966), de Jair de Taumaturgo. Nessa época, o artista que viria a ser conhecido como Tony Tornado fazia cover dos cantores Chubby Checker e Little Richard. Morou em Nova Iorque com o cantor Tim Maia e nessa época foi muito influenciado pela Soul Music. Foi vencedor do V Festival Internacional da Canção com a canção BR-3, fato que marcou sua carreira como músico no Brasil. No cinema, estreou como ator em Tô na Tua, Ô Bicho (1971), comédia de Raul Araujo, no qual atuou ao lado de Costinha, Agildo Ribeiro e Nair Bello. Ficou conhecido por seu inúmeros trabalhos em longas da pornochanchada, entre os anos 1970 e 1980, além de atuar em obras elogiadas nacional e internacionalmente como Pixote: A Lei do Mais Fraco (1981) e Quilombo (1984). Recentemente, participou dos filmes Sujeito Oculto (2022), Juntos e Enrolados (2022) e da série A Divisão (2019-). Homenageado no CineOP 2023, ele disse “Sou ruim de discurso por falta de costume. Não sou muito homenageado, então fico meio sem jeito”. Vida longa ao grande Tony Tornado, o grande homenageado do 28º Prêmio Guarani do Cinema Brasileiro.

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Dezenas de críticos de cinema de todo o país participam da Academia Guarani de Cinema Brasileiro, sendo grande parte deles/delas membros das seguintes associações: ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), ACCIRS (Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul), ACECCINE (Associação Cearense de Críticos de Cinema), ACCPA (Associação dos Críticos de Cinema do Pará), ACCiRN (Associação dos Críticos de Cinema do Rio Grande do Norte) e ACCRJ (Associação dos Críticos de Cinema do Rio de Janeiro).

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Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

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