A sexta noite do Cine Ceará 2023 começou no Cineteatro São Luiz com uma linda homenagem ao realizador cearense Josafá Ferreira Duarte, figura proeminente da cidade de Forquilha, especialmente a partir de 2006 quando começou a produzir filmes populares em sua comunidade. Com 35 filmes em seu currículo, entre curtas, médias e longas-metragens, ele subiu ao palco claramente emocionado e agradeceu à organização, à classe política de Forquilha e aos apaixonados que, assim como ele, mantêm viva a chama de um cinema feito quase sem recursos financeiros, naquilo que academicamente costuma ser chamado de cinema de bordas. Atualmente, Josafá está trabalhando na produção do seriado Nascidos em Barro Vermelho, que será exibido nas redes sociais no ano de 2024.
LEIA MAIS
– 33º Cine Ceará :: Mais Pesado é o Céu, santo de casa fazendo milagre
– 33º Cine Ceará :: Homenagem a Aílton Graça e filmes fortes em competição
– 33º Cine Ceará :: Terceira noite do evento é marcada por filmes que destacam a sororidade
Na sequência foi a vez da exibição dos filmes no Cine Ceará 2023. Na mostra competitiva de curtas-metragens foram projetados na telona do São Luiz: Diafragma (2023), de Robson Cavalcante, que conta em animação a história de um fotógrafo que está perdendo a visão; Pulmão de Pedra (2023), de Torquato Joel, que mostra um sujeito minerando uma caverna enquanto divaga a respeito da própria miséria; Os Finais de Domingos (2023), de Olavo Junior, que tem como protagonista um homem gay e idoso que padece de solidão; e Lapso (2023), de Caroline Cavalcanti, que mostra dois personagens se apaixonando apesar das barreiras de comunicação. Para encerrar a noite foi a vez da exibição do último filme da mostra competitiva iberoamericana de longas-metragens: Sou Amor (2023), de André Amparo e Cris Azzi, que conta a história de um jovem homossexual enfrentando uma série de barreiras para existir e usufruir totalmente da sua liberdade.