44ª Mostra de São Paulo :: Descubra a seleção e os filmes que o Papo de Cinema já viu

Publicado por
Bruno Carmelo

Em coletiva de imprensa no último sábado, 10 de outubro, foram anunciados os 198 filmes que integram a seleção da 44ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Pela primeira vez, o evento será organizado em formato online, numa plataforma própria, em resposta às demandas de segurança. Entre 22 de outubro e 4 de novembro, filmes de 71 países diferentes serão apresentados ao público – a grande maioria ainda inédita no Brasil.

O Papo de Cinema já teve a oportunidade de assistir a algumas dezenas de destaques da Mostra 2020, incluindo o vencedor do Urso de Ouro em Berlim, o iraniano Não Há Mal Algum, os novos filmes de Jia Zhangke (Nadando Até o Mar se Tornar Azul), Abel Ferrara (Sibéria) e Naomi Kawase (Mães de Verdade), além do polêmico DAU. Natasha e da nova versão do clássico Berlin Alexanderplatz. Para ler todas as nossas críticas e entrevistas disponíveis, basta acessar a matéria especial da 44ª Mostra de São Paulo, que será atualizada diariamente.

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Não Há Mal Algum (2020)

 

Além destes, o evento traz os filmes mais recentes de Cristi Puiu (Malmkrog), Ai Weiwei (Vivos), Lav Diaz (Gênero, Pan), Tsai Ming-Liang (Dias), Frederick Wiseman (City Hall) e Jafar Panahi (Escondida). Entre os brasileiros, destaque para Todos os Mortos, de Caetano Gotardo e Marco Dutra, Cidade Pássaro, de Matias Mariani (ambos exibidos no Festival de Berlim), além dos aguardados Filho de Boi, de Haroldo Borges, As Órbitas da Água, de Frederico Machado, e Casa de Antiguidades, de João Paulo Miranda, selecionado em Cannes 2020.

Confira abaixo a lista completa dos filmes da 44ª Mostra de Cinema de São Paulo, que terá cobertura diária do Papo de Cinema:

 

Perspectiva Internacional

499, de Rodrigo Reyes (EUA, México)
1986, De Lothar Herzog (Alemanha, Belarus)
A Arte de Derrubar, de Aslaug Aarsæther e Gunnbjørg Gunnarsdottir (Noruega, África do Sul)
A Deusa dos Vagalumes, de Anaïs Barbeau-Lavalette (Canadá)
A Herdade, de Tiago Guedes (Portugal, França)
A Pastora e as Sete Canções, de Pushpendra Singh (Índia)
A Saída dos Trens, de Radu Jude e Adrian Cioflâncă (Romênia)
Anerca, Respiração da Vida, de Markku Lehmuskallio e Johannes Lehmuskallio (Finlândia)
Ao Entardecer, de Sharunas Bartas (Lituânia, França, República Tcheca, Sérvia, Portugal, Letônia)
Araña, de Andrés Wood (Chile, Argentina, Brasil)
As Veias do Mundo, de Byambasuren Davaa (Alemanha, Mongólia)
Assim Desse Jeito, de Kislay (Índia)
Beans, de Tracey Deer (Canadá)
Berlin Alexanderplatz, de Burhan Qurbani (Alemanha, Holanda)
Ciclo Solitário, de Qi Zhang (China)
Correndo para o Céu, de Mirlan Abdykalykov (Quirguistão)
Corvos, de Naghi Nemati (Irã, Canadá)
Cozinhar F*Der Matar, de Mira Fornay (República Tcheca, Eslováquia)
Crianças do Sol, de Majid Majidi (Irã)
DAU. Degeneração, de Ilya Khrzhanovsky E Jekaterina Oertel (Alemanha, Ucrânia, Reino Unido)
DAU. Natasha, de Ilya Khrzhanovsky E Jekaterina Oertel (Alemanha, Ucrânia, Reino Unido)
Dias, de Tsai Ming-Liang (Taiwan)
Entre Mortes, de Hilal Baydarov (Azerbaijão, México, EUA)
Entre o Céu e a Terra, de Najwa Najjar (Palestina, Luxemburgo, Islândia)
Estava Chovendo Pássaros, de Louise Archambault (Canadá)
Fevereiro, de Kamen Kalev (Bulgária, França)
Gato na Parede, de Mina Mileva e Vesela Kazakova (Bulgária, Reino Unido, França)
Gênero, Pan, de Lav Diaz (Filipinas)
Guerra, de José Oliveira e Marta Ramos (Portugal)
Impedimento em Cartum, de Marwa Zein (Sudão, Noruega, Dinamarca)
Irmãs Separadas, de Daphne Charizani (Alemanha, Grécia)
Isso Não É um Enterro, É uma Ressurreição, de Lemohang Jeremiah Mosese (Lesoto, África Do Sul, Itália)
Jantar na América, de Adam Rehmeier (EUA)
Kubrick por Kubrick, de Grégory Monro (França)
Mães de Verdade, de Naomi Kawase (Japão)
Malmkrog, de Cristi Puiu (Romênia, Sérvia, Suíça, Suécia, Bósnia-Herzegovina, Macedônia Do Norte)
Meu Rembrandt, de Oeke Hoogendijk (Holanda)
Minha Incrível Wanda, de Bettina Oberli (Suíça)
Minha Irmã, de Stéphanie Chuat e Véronique Reymond (Suíça)
Miss Marx, de Susanna Nicchiarelli (Itália, Bélgica)
Murmúrio, de Heather Young (Canadá)
Nadando até o Mar se Tornar Azul, de Jia Zhangke (China)
Nadia, Borboleta, de Pascal Plante (Canadá)
Não Há Mal Algum, de Mohammad Rasoulof (Irã, Alemanha, República Tcheca)
Nariz Sangrando, Bolsos Vazios, de Bill Ross Iv e Turner Ross (EUA)
Nimby, de Teemu Nikki (Finlândia)
Nossa Senhora do Nilo, de Atiq Rahimi (França, Bélgica, Ruanda)
Notturno, de Gianfranco Rosi (Itália, França, Alemanha)
Números, de Oleg Sentsov e Akhtem Seitablaev (Ucrânia, Polônia, República Tcheca, França)
O Ano da Morte de Ricardo Reis, de João Botelho (Portugal)
O Caminho para Moscou, de Micha Lewinsky (Suíça)
O Charlatão, de Agnieszka Holland (República Tcheca)
O Clube Vinland, de Benoit Pilon (Canadá)
O Despertar de Fanny Lye, de Thomas Clay (Reino Unido, Alemanha)
O Neon Através do Oceano, de Matthew Victor Pastor (Filipinas, Austrália)
O Paraíso da Serpente, de Bernardo Arellano (Itália, México, EUA)
O Século 20, de Matthew Rankin (Canadá)
O Último Banho, de David Bonneville (França, Portugal)
Olliver Hawk, o Hipnotizador, de Arthur Franck (Finlândia)
Ordem Moral, de Mário Barroso (Portugal)
Pai, de Srdan Golubović (Sérvia)
Paisagem na Sombra, De Bohdan Sláma (República Tcheca)
Poppie Nongena, de Christiaan Olwagen (África do Sul)
Prazer, Camaradas!, de José Filipe Costa (Portugal)
Quando a Lua Estava Cheia, de Narges Abyar (Irã)
Quando Anoitece, de Braden King (EUA)
Rose Interpreta Julie, de Joe Lawlor e Christine Molloy (Irlanda, Reino Unido)
Sem Cabeça, de Kaveh Sajjadi Hosseini (Irã)
Sem Som, de Behrang Dezfoulizadeh (Irã)
Sem Voz, de Pascal Rabaté (França)
Shirley, de Josephine Decker (EUA)Sibéria, De Abel Ferrara (Itália, Alemanha, México)
Soros, de Jesse Dylan (EUA)
Sportin’ Life, de Abel Ferrara (França)
Stardust, de Gabriel Range (Reino Unido)
Uivos São Ouvidos, de Julio Hernández Cordón (México)
Um Crime Comum, de Francisco Márquez (Argentina, Brasil, Suíça)
Vencidos da Vida, de Rodrigo Areias (Portugal)
Vivos, de Ai Weiwei (Alemanha, México)
Walden, de Bojena Horackova (França, Lituânia)
Welcome to Chechnya, de David France (EUA)
Winona, de Alexandros Voulgaris (Grécia)

Competição Novos Diretores

17 Quadras, de Davy Rothbart (EUA)
9,75, de Uluç Bayraktar (Turquia)
A Marina, de Étienne Galloy e Christophe Levac (Canadá)
A Morte do Cinema e do meu Pai Também, de Dani Rosenberg (Israel)
A Santa do Impossível, de Marc Raymond Wilkins (Suíça)
A Terra É Azul Como uma Laranja, de Iryna Tsilyk (Ucrânia, Lituânia)
A Vida na Estrada, de Sidra Rezwan, Salwa Soleiman Sedo, Ekhlas Heydar Samubud e Adnan Faroq (Iraque)
Al-Shafaq: Quando o Céu se Divide, de Esen Isik (Suíça)
Anima, de Reza Golchin (Irã)
Animais Nus, de Melanie Waelde (Alemanha)
Apenas Mortais, de Liu Ze (China)
Assim Como Acima, Abaixo, de Sarah Fancis (Líbano)
Calazar, de Janis Rafa (Holanda, Grécia)
Caminhando Contra o Vento, de Shujun Wei (China)
Candango: Memórias do Festival, de Lino Meireles (Brasil)
Casa de Antiguidades, de João Paulo Miranda Maria (Brasil, França)
Casulo, de Leonie Krippendorff (Alemanha)
Cavaleiro de Verão, de Xing You (China)
Chico Rei Entre Nós, de Joyce Prado (Brasil)
Chico Ventana Queria Ter Um Submarino, de Alex Piperno (Uruguai, Argentina, Brasil, Holanda, Filipinas)
Ciclo Solitário, de Qi Zhang (China)
Colômbia Era Nossa, de Jenni Kivistö e Jussi Rastas (Finlândia, Dinamarca, Suécia, França)
Contos da Prisão, de Abel Visky (Hungria, Croácia, Reino Unido)
Curral, de Marcelo Brennand (Brasil)
De Volta a Visegrad, de Antoine Jaccoud a Julie Biro (Suíça)
De Volta para Casa – Marina Abramovic e Seus Filhos, de Boris Miljkovic (Sérvia)
Dente por Dente, de Julio Taubkin e Pedro Arantes (Brasil)
Desenterrar, de Georgis Grigorakis (Grécia, França)
Dezesseis Primaveras, de Suzanne Lindon (França)
Eeb Allay Ooo!, de Prateek Vats (Índia)
Em Meus Sonhos, de Murat Çeri (Turquia)
Entre Cão e Lobo, de Irene Gutiérrez (Espanha, Cuba)
Equinócio, de Lena Knauss (Alemanha)
Espacate, de Christian Johannes Koch (Suíça)
Eyimofe (Este É Meu Desejo), de Arie Esiri E Chuko Esiri (Nigéria)
Êxtase, de Moara Passoni (Brasil)
Exílio, de Visar Morina (Alemanha, Bélgica, Kosovo)
Farewell Amor, de Ekwa Msangi (EUA)
Feels Good Man, de Arthur Jones (EUA)
Filho de Boi, de Haroldo Borges (Brasil)
Fábulas Ruins, de Fabio & Damiano D’Innocenzo (Itália, Suíça)
Gatilho, de Pavel Ganin (Rússia)
Havel, de Slávek Horák (República Tcheca)
Irmã, de Luciana Mazeto e Vinícius Lopes (Brasil)
Josep, de Aurélien Froment (Espanha, Bélgica, França)
Kairós, de Nicolás Buenaventura Vidal (França, Colômbia)
La Francisca, uma Juventude Chilena, de Rodrigo Litorriaga (Chile, França, Bélgica)
Labirinto Yo’Eme, de Sergi Pedro Ros (México, Espanha)
Limiar, de Rouzbeh Akhbari e Felix Kalmenson (Canadá, Armênia, Turquia)
Lorelei, de Sabrina Doyle (EUA)
Lua Vermelha, de Lois Patiño (Espanha)
Luxor, de Zeina Durra (Egito, Reino Unido)
Mamãe, Mamãe, Mamãe, de Sol Berruezo Pichon-Rivière (Argentina)
Mar de Dentro, de Dainara Toffoli (Brasil)
Mate-o e Deixe Esta Cidade, de Mariusz Wilczyński (Polônia)
Matriarca, de Jure Pavlovic (Croácia, Sérvia, França, Bosnia-Herzegovina)
Meu Coração Só Irá Bater se Você Pedir, de Jonathan Cuartas (EUA)
Mosquito, de Nuno Pinto (Portugal, Brasil, França)
Mulher Oceano, de Djin Sganzerla (Brasil, Japão)
Mãe de Aluguel, de Jeremy Hersh (EUA)
Nem Herói Nem Traidor, de Nicolás Savignone (Argentina)
O Livro dos Prazeres, de Marcela Lordy (Brasil, Argentina)
O Nariz ou a Conspiração dos Dissidentes, de Andrey Khrzhanovsky (Rússia)
O Nome Encravado em seu Coração, de Kuang-Hui Liu (Taiwan)
O Pequeno Refugiado, de Batin Ghobadi (Turquia, Irã)
O Pergaminho Vermelho, de Nelson Botter Jr. (Brasil)
O Problema de Nascer, de Sandra Wollner (Áustria, Alemanha)
O Tremor, de Balaji Vembu Chelli (Índia)
Os Nomes das Flores, de Bahman Tavoosi (Bolívia, Canadá, EUA, Catar)
Panquiaco, de Ana Elena Tejera (Panamá)
Pari, de Siamak Etemadi (Grécia, França, Holanda, Bulgária)
Piedra Sola, de Alejandro Telémaco Tarraf (Argentina, México, Catar, Reino Unido)
Pilatos, de Linda Dombrovszky (Hungria)
Problemas com a Natureza, de Illum Jacobi (Dinamarca, França)
Rebeldes de Verão, de Martina Saková (Alemanha, Eslováquia)
Samba de Santo: Resistência Afro-Baiana, de Betão Aguiar (Brasil)
Sanguinetti, de Christian Diaz Pardo (México, Chile)
Sem Ressentimentos, de Faraz Shariat (Alemanha)
Silêncio e Pôr do Sol, de Kazufumi Umemura (Japão)
Solo, de Sevgi Hirschhäuser (Alemanha, Turquia)
Summertime, de Carlos López Estrada (EUA)
Suor, de Magnus Von Horn (Polônia, Suécia)
Tentehar: Arquitetura do Sensível, de Paloma Rocha (Brasil)
Uma Máquina para Habitar, de Yoni Goldstein E Meredith Zielke (EUA)
Valentina, de Cássio Pereira dos Santos (Brasil)
Verão Branco, de Rodrigo Ruiz Patterson (México)
Xeque Mate, de Bruna Piantino (Brasil, Uruguai)
Zanka Contact, de Ismaël El Iraki (França, Marrocos, Bélgica)

Mostra Brasil

#Eagoraoque, de Jean-Claude Bernardet e Rubens Rewald
Ana. Sem Título, de Lúcia Murat
As Órbitas da Água, de Frederico Machado
Cidade Pássaro, de Matias Mariani
Cracolândia, de Edu Felistoque
Entre Nós, um Segredo, de Beatriz Seigner e Toumani Kouyaté
Glauber, Claro, de César Meneghetti
Lamaçal, de Franco Verdoia
Luz Acesa, de Guilherme Coelho
Nas Asas da Pan Am, de Sílvio Tendler
Nheengatu, de José Barahona
O Lodo, de Helvécio Ratton
Sobradinho, de Marília Hughes e Cláudio Marques
Todas as Melodias, de Marco Abujamra
Um Dia com Jerusa, de Viviane Ferreira
Verlust, de Esmir Filho

Apresentação Especial

A Visita, de Jia Zhangke (China)
Coronation, de Ai Weiwei (China)
Escondida, de Jafar Panahi (França)
La Planta, de Beto Brant (Brasil)
O Adivinhador, de Evan Johnson, Galen Johnson, Guy Maddin (Canadá)
Os Caçadores de Coelhos, de Evan Johnson, Galen Johnson e Guy Maddin (Canadá)
Uma Noite na Ópera, de Sergei Loznitsa (França)

Prêmio Leon Cakoff – Sara Silveira

Todos os Mortos, de Marco Dutra e Caetano Gotardo (Brasil, França)

Prêmio Humanidade – Frederick Wiseman

City Hall, de Frederick Wiseman (EUA)

Um Olhar sobre Fernando Coni Campos

Ladrões de Cinema, de Fernando Coni Campos (Brasil)
Mágico e o Delegado, de Fernando Coni Campos (Brasil)
Viagem ao Fim do Mundo, de Fernando Coni Campos (Brasil)

As duas abas seguintes alteram o conteúdo abaixo.
Crítico de cinema desde 2004, membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema). Mestre em teoria de cinema pela Universidade Sorbonne Nouvelle - Paris III. Passagem por veículos como AdoroCinema, Le Monde Diplomatique Brasil e Rua - Revista Universitária do Audiovisual. Professor de cursos sobre o audiovisual e autor de artigos sobre o cinema. Editor do Papo de Cinema.

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