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Com a apresentação dos últimos longas-metragens e curtas-metragens da competição oficial, a 6ª Mostra de Cinema de Gostoso reservou boas surpresas para a noite de segunda-feira, dia 11, focada especialmente nos filmes de temática LGBTQI+.

Em especial, o belo curta-metragem Quebramar (2019) trouxe a representatividade lésbica à tela da Praia do Maceió. A diretora Cris Lyra retrata um grupo de amigas que viaja à praia para as festas de Ano Novo, enquanto discutem livremente a sua sexualidade. O filme apresenta uma produção bastante competente, além de uma bem-vinda combinação entre poesia e discurso político. Leia a nossa crítica.

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Se Quebramar discute a orientação sexual, Marie (2019) retrata a identidade de gênero. No curta-metragem do cineasta Léo Tabosa, uma mulher transexual retorna ao vilarejo devido à morte do pai. Disposta a cumprir o último desejo dele, faz uma viagem para enterrá-lo no lugar desejado. O road movie tem excelente fotografia e atuações muito competentes de Wallie Ruy e Rômulo Braga. Leia a nossa crítica.

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Quebramar

Além destes dois filmes em competição, a noite também exibiu o curta-metragem Ando me Perguntando (2019), de Clara Leal. Na trama, o jovem trabalhador de um pequena cidade se rebela contra as normas impostas da masculinidade, enquanto nutre uma possível atração sexual por um amigo. Ainda que seja bastante discreto e ostente certas falhas de execução, destaca-se pela pela abordagem respeitosa da descoberta da orientação sexual. Leia a nossa crítica.

O último longa-metragem apresentado na mostra competitiva foi a produção potiguar Fendas (2019), dirigida por Carlos Segundo. O filme assume a complexa tarefa de retratar a física quântica através de uma jovem pesquisadora, cujos segredos do passado são revelados aos poucos ao espectador. Ainda que bastante hermético, traz imagens muito bem construídas e conta com uma atuação notável de Roberta Rangel no papel principal. Leia a nossa crítica.

A noite de 12 de novembro traz a cerimônia de encerramento, com a entrega de prêmios e a exibição, fora de competição, do longa-metragem de terror A Noite Amarela (2019), dirigido por Ramon Porto Mota.

 

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Crítico de cinema desde 2004, membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema). Mestre em teoria de cinema pela Universidade Sorbonne Nouvelle - Paris III. Passagem por veículos como AdoroCinema, Le Monde Diplomatique Brasil e Rua - Revista Universitária do Audiovisual. Professor de cursos sobre o audiovisual e autor de artigos sobre o cinema. Editor do Papo de Cinema.
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