Ao lado do marido Ossie Davis (falecido em 2005), Ruby Dee fez parte da primeira geração de atores afro-americanos em Hollywood a fazerem sucesso de público e de crítica. Seu primeiro grande sucesso foi O Sol Tornará a Brilhar (1961), pelo qual ganhou o National Board of Review como Melhor Atriz Coadjuvante. Uma de suas atuações mais impressionantes, no entanto, aconteceria décadas depois, em O Gângster (2007), no papel de mãe de Denzel Washington, que com apenas 10 minutos em cena recebeu uma indicação ao Oscar e ganhou o Screen Actors Guild Award (também como Atriz Coadjuvante).
Com uma vasta carreira também no teatro e na televisão (ganhou o Emmy, em 1991, pelo telefilme Decoration Day), sua estreia no cinema foi no musical That Man of Mine (1946), já em um papel de destaque. Com o passar dos anos se tornou presença frequente em filmes do diretor Spike Lee, como Faça a Coisa Certa (1989) e Febre da Selva (1991).
Ao saber do ocorrido, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez a seguinte declaração: “Michelle e eu estamos muito tristes ao saber da morte da atriz, autora e ativista Ruby Dee. Em muitos dos seus personagens ela não apenas nos cativou, mas também nos desafiou. Através de performances memoráveis, Ruby pavimentou um caminho a ser trilhado por toda uma geração de atores e atrizes negros, além de ter inspirado mulheres afro-americanas por toda a América. Através de sua liderança em movimentos civis, ela e seu marido, Ossie Davis, ajudaram a abrir novas portas de oportunidades para todos”.
Seu último filme foi o drama 1982 (2013), de Tommy Oliver, premiado nos festivais de Austin, Los Angeles e Santa Barbara. Seu último trabalho exibido nos cinemas brasileiros, no entanto, foi a comédia As Mil Palavras (2012), em que apareceu ao lado de Eddie Murphy.
(Fonte: IMDb, Variety e Redação PdC)