Um dos livros latino-americanos mais célebres do século XX, A Casa dos Espíritos, ganhará adaptação em formato de minissérie no streaming. Com oito episódios ao todo, La Casa de los Espíritus começou a ser produzida pela plataforma Prime Video, que não anunciou, por enquanto, nenhuma previsão de estreia. Escrito por Isabel Allende, que atuará como uma das produtoras da aposta, o romance, que teve mais de 70 milhões de cópias vendidas desde o seu lançamento, em 1982, é uma das célebres publicações influenciadas pelo realismo mágico, mesma corrente artística que influenciou Gabriel García Márquez. A trama narra a saga da família Trueba ao longo de várias gerações, entrelaçando elementos fantasiosos. A história foca em temas de amor, política, revolução e relações familiares, com personagens marcantes como Esteban Trueba e sua esposa, Clara, que possui dons sobrenaturais. O drama se passa em um país inominado e fictício, porém com propositais e explícitas semelhanças com o Chile, especialmente em sua composição socioeconômica durante o golpe militar de 1973.
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Segundo revelado pelo serviço, a atriz hollywoodiana Eva Longoria será uma das produtoras. O elenco inclui Alfonso Herrera, Dolores Fonzi, Nicole Wallace, Juan Pablo Raba e Fernanda Castillo. Já os showrunners serão Francisca Alegría, Fernanda Urrejola e Andrés Wood, trio responsável pelo premiado drama A Vaca que Cantou uma Canção para o Futuro (2022).
Ainda conforme anunciado, a série será filmada inteiramente em espanhol. Outros atores envolvidos serão anunciados em breve.
Vale lembrar que a mesma publicação já ganhou as telonas no início dos anos 1990. Estrelado por grandes nomes de Hollywood, A Casa dos Espíritos (1993), coprodução Alemanha-Dinamarca-Portugal-EUA, não obteve o sucesso esperado. Fracasso de bilheteria – arrecadando mundialmente apenas US$ 6,2 milhões a partir de orçamento de US$ 40 milhões – o projeto sequer foi destaque de festivais (não mais que que passagem discreta pelo Festival de Havana 1994), tampouco de premiações. Na época, a empreitada foi duramente criticada por falta de fidelidade à obra literária e, principalmente, pela escolha do elenco, que pouco representava os latinos, com excessão de Antonio Banderas, único nome de peso com ascendência hispânica.