Depois de passar pelas telonas de oito capitais brasileiras (São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Fortaleza, Porto Alegre, Manaus, Maceió e Aracaju), o documentário A Fantástica Fábrica de Golpes (2022) será disponibilizado gratuitamente por 72h online e na televisão a partir das 15h desta sexta-feira, 23. A iniciativa está sendo articulada com um pool de mídias alternativas formadas por Mídia Ninja, Jornalistas Livres, Fundação Barão de Itararé, Análise e Opinião, Viomundo, Cafezinho, 247, DCM, Fórum, Rede Brasil Atual, TVT, Saiba Mais, Mídia Livre, Prerrogativas, Construir Resistência e outros. E você poderá assisti-lo aqui também no Papo de Cinema, no player situado logo abaixo da caixinha do Leia Mais, no encerramento desta matéria. É só dar play depois das 15h do dia 23 e conferir essa investigação pujante sobre o papel da mídia nacional na nossa história de golpes de Estado.
“Eu e o Valnei acreditamos que esse filme é o nosso dever cívico para com o Brasil. Aquele lema “Brasil, ame ou deixe-o” era da ditadura e visava desqualificar brasileiros que lutavam pelo país no exterior, inclusive aqueles que tinham sido exilados. Levamos nosso país dentro do coração. Os brasileiros que moram foram têm papel importante: levar ao Brasil um olhar diferenciado, a partir dele explicando como o país é visto do lado de fora”, disse o diretor Victor Fraga com exclusividade ao Papo de Cinema.
A Fantástica Fábrica de Golpes, que teve sua première mundial no Festival de Havana, em Cuba, conta com depoimentos de Chico Buarque, Dilma Rousseff, Jean Wyllys, Antonio Pitanga e Márcia Tiburi. “A Fantástica Fábrica de Golpes constrói seu discurso de modo bastante lógico e cristalino. E isso permite espaços de interesse até ao mais empedernido dos direitistas que pode torcer o nariz aos depoentes. Quando jornalistas e membros de grupos ativistas recorrem à História para denunciar o “golpismo global” – aqui colocado em aspas por ser uma tese do filme –, Victor Fraga e Valnei Nunes mostram fatos que corroboram as falas, como as capas de jornal O Globo defendendo a ditadura civil-militar ou mesmo o editorial nojento que celebrou o golpe de 1964 como uma “renovação da democracia”, conforme consta em nossa crítica que você pode conferir na íntegra clicando aqui. Confira o trailer da produção e já agende a sua sessão.
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