Anualmente, os países latino-americanos enviam seus representantes para disputarem o troféu de melhor filme ibero-americano no Goya, a maior premiação do cinema espanhol. O Brasil concorreu nas últimas quatro edições com Bacurau, Benzinho, Bingo: O Rei das Manhãs e Boi Neon. Na próxima cerimônia, que será organizada em 12 de fevereiro de 2022, o cinema nacional disputa o prêmio com A Febre (2019), dirigido por Maya Da-Rin.
O drama premiado nos festivais de Locarno, Chicago, Rio, Brasília, Mar del Plata e IndieLisboa apresenta a história de Justino (Régis Myrupu), homem que trabalha como segurança no porto de Manaus. Quando descobre que a filha vai cursar medicina fora do Estado, começa a sofrer com uma forte febre. Leia a nossa crítica. A escolha desta ficção foi feita pelo júri composto pelos cineastas Flávio R. Tambellini, Sabrina Fidalgo e Jom Tob Azulay, junto à atriz Virgínia Cavendish e ao crítico de cinema Carlos Helí de Almeida.
LEIA MAIS
Anunciada a comissão que escolherá o representante brasileiro no Prêmio Goya
Prêmios Goya 2021 :: Las Niñas é o grande vencedor
A Febre :: “O filme dialoga muito com o Brasil que estamos vivendo, mesmo que não tenha sido pensado para tal”, comenta Maya Da-Rin
Para ser escolhido como representante brasileiro, A Febre superou 14 concorrentes: A Mulher da Luz Própria (2019), Abraço (2019), Alice Júnior (2019), Aos Olhos de Ernesto (2019), Babenco – Alguém Tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou (2019), Boca de Ouro (2019), Cidade Pássaro (2020), M-8: Quando a Morte Socorre a Vida (2019), Mulher Oceano (2020), O Auto da Boa Mentira (2021), Pacarrete (2019), Se Arrependimento Matasse (2019), Todos os Mortos (2020) e Três Verões (2019).
O elenco de A Febre é completado por Rosa Peixoto, Kaisaro Jussara Brito, Anunciata Teles Soares, Jonhatan Sodré e Lourinelson Vladmir. Trata-se do primeiro longa-metragem de ficção de Maya Da-Rin, que já havia realizado o longa documental Terras (2009), o média-metragem Margem (2007) e o curta-metragem Versão Francesa (2011).
