O cineasta Cristiano Burlan está atualmente na terceira semana de filmagens de A Mãe, seu mais recente projeto. O longa é protagonizado por Marcelia Cartaxo, que interpreta Maria, uma imigrante nordestina que vive na periferia de São Paulo e trabalha como camelô no centro da cidade. Após um dia exaustivo, ela não encontra seu filho, Valdo, ao chegar em casa. Depois de procurar pelo rapaz pela vizinhança, decide ir atrás do traficante local, que a informa que ele foi assassinado pela polícia. Inconformada, ela parte em busca de respostas atrás do paradeiro do filho.
Premiado no festival É Tudo Verdade com o documentário Mataram Meu Irmão (2013) e pela Associação Paulista de Críticos de Arte com o drama Antes do Fim (2019), Cristiano Burlan segue, em A Mãe, buscando trazer humanidade para as populações periféricas. “A impunidade, o preconceito, a desigualdade, a mídia e os governos transformam essas vidas em números. Mas por trás das estatísticas existem irmãos, amigos, mães e filhos”, diz o cineasta.
Desde o início do projeto, Cristiano sempre teve em mente trabalhar com Marcélia Cartaxo – um rosto que reflete a dureza da vida, mas também sua inocência e compaixão. Além da protagonista de A Hora da Estrela (1985) – pela qual ela foi premiada com o Urso de Prata de Melhor Atriz no Festival de Berlim – e do ainda inédito Pacarrete (2019) – grande vencedor do último Festival de Gramado – A Mãe conta no elenco também com participações de Helena Ignez, Henrique Zanoni, Ana Carolina Marinho, Kiko Marques, Hélio Cícero, Mawusi Tulani, Che Mois, Tuna Dwek e Carlos Meceni, entre outros. As locações estão acontecendo no centro de São Paulo e no Jardim Romano. Localizado no extremo leste da capital paulista, o bairro possui uma efervescente vida cultural, especialmente com o Grupo de Teatro Estopo Balaio. Ainda não há previsão de data de estreia nos cinemas.
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Ainda segundo Burlan, A Mãe “é um mergulho intimista na vida e no luto de uma mulher que, ao ver a vida do próprio filho abreviada, precisa enfrentar a burocracia opressora das grandes metrópoles para poder vê-lo uma última vez”. O projeto, iniciado em 2013, participou de laboratórios de desenvolvimento como o sétimo Brasil CineMundi e Cinema en Development, no 29o Cinelatino, de Tolouse, e foi contemplado no Fomento ao Cinema Paulista de 2017, promovido pela Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, em conjunto com a Sabesp e pelo Fundo Setorial do Audiovisual – Produção de Cinema 2018. A produção é da Bela Filmes, com coprodução da Filmes da Garoa e Cup Filmes. O Papo de Cinema acompanhou um dia de filmagens de A Mãe em São Paulo, e em breve contará tudo em uma matéria especial! Aguarde!
(Fonte: Sinny Assessoria e Comunicação)