Depois de passar por diversos festivais internacionais (entre eles o de Berlim, no qual recebeu o prêmio do público da Mostra Panorama) e nacionais (É Tudo Verdade, Pachamama. etc.), A Última Floresta (2021) chegou aos cinemas brasileiros no último dia 09 (veja o circuito atual no final desta matéria). Impressionante pelo rigor estético e também pela sensibilidade ao se aproximar do povo Yanomami, o longa-metragem transita entre documentário e ficção para mostrar as dificuldades dos povos indígenas para lidar com a penetração massiva dos garimpeiros nas suas terras. Na fronteira entre Brasil e Venezuela, essa co-produção entre a Gullane e a Buriti Filmes testemunha/encena a agressividade do homem branco e a resistência dos Yanomami para preservar suas vidas, tradições e territórios. “O documentário evita gritar aos quatro cantos o genocídio indígena, preferindo que seja retratado no dia a dia, por meio das palavras e atitudes dos personagens. A retaliação contra mineradores ocupando ilegalmente suas terras, a comunicação entre aldeias a respeito do mercúrio nas águas e a organização de mulheres numa cooperativa revelam que a política faz parte integral da vida destas pessoas, sem a necessidade de verbalizá-la em depoimentos explicativos”, conforme consta na nossa crítica (a íntegra dela você pode ler aqui).
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A Última Floresta :: Crítica
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O cineasta Luiz Bolognesi, que assina o roteiro com o xamã e líder Yanomami Davi Kopenawa, já tinha feito sucesso com seu documentário anterior sobre os povos originários, o também excelente Ex-Pajé (2018). A Última Floresta pode ser conferido nos cinemas de São Paulo (Espaço Itaú de Cinema Augusta); Rio de Janeiro (Espaço Itaú de Cinema Botafogo); Belo Horizonte (Espaço Itaú Belo Horizonte); Belém (Cine Libero Luxardo); Manaus (Cine Casarão); Salvador (Espaço Itaú Glauber Rocha); e Brasília (Espaço Itaú Brasília). Voltando aos prêmios recebidos pelo filme, recentemente ele ganhou o de Melhor Documentário no Festival Zeichen der Natcht, em Berlim, na Alemanha; e o Prêmio Artístico de Melhor Obra no Festival dos Povos Originários, de Montreal, no Canadá. Não perca esse que é, desde já, um dos principais favoritos a grande destaque do cinema brasileiro em 2021.
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