Está a venda nas lojas do IMS (Instituto Moreira Salles) o terceiro longa-metragem do diretor grego Theo Angelopoulos (1935-2012), um dos principais nomes da cinematografia europeia. A Viagem Dos Comediantes teve sua estreia mundial no Festival de Cannes em 1975, quando obteve o prêmio da Fipresci (Associação internacional de Críticos de Cinema) e em seguida o prêmio de melhor filme do Fórum do Novo Cinema, no Festival de Berlim do mesmo ano. Jamais distribuído comercialmente no Brasil, o longa se apresenta pela primeira vez ao espectador brasileiro nesta edição em DVD realizada pelo IMS, acompanhada de um livreto com uma crítica de Nagisa Oshima (inédita em português), publicada na ocasião do lançamento do filme no Japão nos anos 1970. A obra pode ser adquirida nos centros culturais de São Paulo (Rua Piauí, 844, 1º andar, Higienópolis, SP), Rio de Janeiro (Rua Marquês de São Vicente 476, Gávea) e Poços de Caldas (Rua Teresópolis, 90, Jardim dos Estados), ou pela loja virtual aqui. O custo é de R$ 49,90.
A Viagem dos Comediantes abarca um período de cerca de 15 anos da história da Grécia, de 1939 a 1952, com uma narrativa em que se destaca um excepcional trabalho de câmera, todo o tempo em movimento, em longos planos sequência, e sem primeiros planos. A escolha deste período tem uma forte carga simbólica: em 1939, durante a ditadura do general Metaxás, tem início a Segunda Guerra Mundial; nos anos seguintes, ocorre a invasão italiana e a posterior ocupação nazista, que acaba no final de 1944, com a chegada de tropas inglesas na Grécia. Dezembro de 1944 marca o conflito entre a direita e a esquerda, e o início da guerra civil, que perdura até 1949. Em 1952, acontece a eleição do marechal Aléxandros Papagós, conhecido por ter derrotado os combatentes comunistas durante a guerra civil, e a adesão do país à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Entrecortada com este período histórico, temos a narrativa e o percurso da companhia de teatro que revive a trilogia dos Atridas de Ésquilo (Agamenon, As Coéforas, As Eumênides), a tragédia de Orestes, Electra, Agamenon e Clitmenestra, enquanto viaja de cidade em cidade para encenar um drama popular, Golfo, a pastora, de Spiridion Peresiadis. Esta peça, escrita em 1893, faz parte da “bagagem cultural que todo grego carrega desde que nasce”, segundo Angelopoulos, para quem o filme é composto por “saltos descontínuos, um encadeamento em que uma lembrança leva a outra. O que está em jogo não é uma memória individual, é a memória coletiva.”
(Fonte: Imprensa IMS)
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