O livro, lançado em 1965, reúne análises consistentes sobre cineastas como Alain Resnais, Glauber Rocha, Nelson Pereira dos Santos, Jean-Luc Godard, Michelangelo Antonioni, Orson Welles, etc. Foi um dos primeiros livros no Brasil a falar sobre o Cinema Novo, a atualidade do cinema nacional e a analisar a obra de alguns ícones do cinema mundial da década de 60. Na época, Enéas era diretor do cursinho pré-vestibular IPV, que promoveu o lançamento. A repercussão no Rio Grande do Sul foi boa, mas o livro sofreu com as dificuldades de distribuição típicas da época, ficando restrito ao Estado. Nesses 50 anos, teve mais duas edições, uma em 1974 e outra em 2007, dentro da Coleção Escritos de Cinema, da Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia da Secretaria Municipal de Cultura.
Enéas nasceu no Rio de Janeiro mas mora em Porto Alegre desde os 9 anos. Começou a escrever críticas de cinema no final dos anos 1950 na Revista do Globo, substituindo Cláudio Santos Rocha. Às vezes, escrevia também para os jornais diários Correio do Povo e Folha da Tarde. Aos poucos, passou a integrar um grupo que se reunia para ver e discutir os filmes que passavam na cidade. Hoje, além de atuar na economia e na psicanálise, ele segue dedicando-se ao cinema. Entre suas atividades recentes destacam-se: um dos editores e críticos da Revista Teorema; curador e apresentador do Festival Cinéma Brésilien Contenporain (Maison du Brésil/Paris, 2011); protagonista de Os filmes estão vivos (2013), de Fabiano de Souza e Milton do Prado.
(Fonte: ACCIRS/ Gira Produção e Conteúdo)