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Diga-me com quem andas… e você já sabe o resto. Assim a estrada está se apresentando cada vez mais para Brett Ratner, mais um profissional de Hollywood que vê seu nome se apagando do mainstream. Após ser acusado formalmente de abuso sexual em 2017, o cineasta está planejando seu retorno ao circuito com uma cinebiografia sobre a dupla pop Milli Vanilli (aquela mesma que teve que devolver o Grammy por ser acusada de fraude), prevista para estrear em 2022. Entretanto, a busca por produtores que viabilizem o lançamento do longa tem sido uma tarefa complicada para o diretor e também para o estúdio Millennium Media, que decidiu se afastar do realizador. Em comunicado oficial da produtora, foi revelado que “o longa recebeu várias propostas competitivas e um grupo de investidores privado surgiu para financiar totalmente o filme para começar a produção em breve, mas a Millennium não estará mais envolvida”. Inicialmente, os planos seriam de que o projeto fosse vendido no próximo European Film Market virtual, marcado para o início de março, e uma vez que fosse, seria o primeiro grande projeto de Ratner após enfrentar alegações de má conduta.

 

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ENTENDA O CASO
Em novembro de 2017, sete mulheres, incluindo as atrizes Olivia Munn e Natasha Henstridge, acusaram o cineasta de assédio e abuso sexual, com descrições de comportamento obsceno, que fizeram com que a Warner Bros quebrasse contratos e todos os vínculos com o diretor. A relação de Ratner com a Warner se devia a seu sucesso como produtor. Em 2012, ele fundou a produtora RatPac com o milionário James Packer, ex-noivo de Mariah Carey. Após se fundir com a Dune Entertainment, a empresa foi rebatizada de RatPack-Dune Entertaiment e fechou uma parceria com a Warner Bros, originando sucessos como Gravidade (2013), Uma Aventura Lego (2014), Sniper Americano (2014), Mad Max: Estrada da Fúria (2015) e O Regresso (2015).

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Vale lembrar que o último filme de Ratner como diretor foi Hércules (2014) e, antes do movimento #MeToo, ele pretendia filmar a cinebiografia de Hugh Hefner, o fundador da Playboy. É, parece que os fãs de Milli Vanilli terão que aguardar mais um pouco para ver a a história da dupla na tela grande.

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Fanático por cinema e futebol, é formado em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Feevale. Atua como editor e crítico do Papo de Cinema. Já colaborou com rádios, TVs e revistas como colunista/comentarista de assuntos relacionados à sétima arte e integrou diversos júris em festivais de cinema. Também é membro da ACCIRS: Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul e idealizador do Podcast Papo de Cinema. CONTATO: [email protected]

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