Armie Hammer acaba de ser desligado de mais um projeto no cinema. Após sair de The Offer, série da Paramount sobre os bastidores de O Poderoso Chefão, e da comédia romântica Shotgun Wedding, onde deveria contracenar com Jennifer Lopez, ele deixou The Billion Dollar Spy, drama baseado em fatos sobre um agente da CIA que passa a trabalhar com os soviéticos. Nestes casos, não foi esclarecido à imprensa em que medida a iniciativa partiu do ator ou dos produtores.
De qualquer modo, estes abandonos se devem a uma série de escândalos envolvendo Hammer pelo menos desde o mês de janeiro, quando foram divulgadas na Internet trocas de mensagens atribuídas ao norte-americano contendo ameaças e chantagens endereçadas a mulheres. Em 3 de fevereiro, ele foi formalmente processado por estupro por parte de uma jovem chamada Effie, que acusa o ator de envolvê-la num relacionamento abusivo entre 2016 e 2020.
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Por enquanto, ele nega todas as acusações, e se mantém longe da imprensa. Antes das revelações, o ator já havia concluído a participação no drama Crisis (2021), sobre a crise de opioides nos Estados Unidos, onde contracena com Gary Oldman, em Morte sobre o Nilo (2022), grande produção adaptada de Agatha Christie, e em Next Goal Wins (2022), a próxima comédia do diretor Taika Waititi.
As acusações contra Hammer surgem no momento em que a indústria finalmente adota medidas efetivas contra assediadores e abusadores. O caso do ator ainda precisa ser investigado pela lei, e até então, será presumido inocente. Caso as acusações sejam consideradas procedentes, ele pode se juntar a Johnny Depp, Kevin Spacey, Bill Cosby, Brett Ratner, Bryan Singer e, principalmente, Harvey Weinstein na lista de homens que começaram a ter, apenas no século XXI, alguma forma de punição por comportamentos criminosos.