Afinal de contas, quem é o Besouro Azul?

Talvez até alguns fãs mais bem informados sobre o mundo dos quadrinhos estejam se perguntando: quem é o Besouro Azul, protagonista do filme homônimo que chega nesta quinta-feira, 17, aos cinemas, como a nova aposta da Warner/DC? Pensando nisso, o Papo de Cinema preparou um pequeno (e singelo) resumo sobre a trajetória desse personagem antes de ele desembarcar em nossas telonas com Besouro Azul (2023). Para começo de conversa, numa era pré-DC Comics, o Besouro passou ao longo das décadas por outras editoras, desde a primeira aparição, em 1939 – criado por Charles Nicholas Wojtkowski dentro da Fox Feature Syndicate/Fox Comics e apresentado na edição Mystery Men Comics #1. Ele era Dan Garret, filho de um policial assassinado que tirava do luto a sua motivação para combater o crime. Dan utilizava um traje à prova de balas e extrair seu poder de uma vitamina especial.

Em 1954, a Charlton Comics adquiriu os direitos de publicação (a Fox fechou as portas e há quem diga que a Charton nunca sequer pagou qualquer coisa pelo personagem, mas aí é papo para outro dia). A nova casa simplesmente reprimiu as primeiras aventuras do Besouro Azul, começando uma nova fase dele a partir de 1966, na qual Garret era o arqueólogo que encontrava um escaravelho durante certa escavação. Ao tocar na gema, ele se encontrava com a presença humana do antigo deus egípcio Khepri que lhe concedia habilidades sempre que pronunciava o nome Kaji Dha. Mais tarde, o manto do super-herói foi passado a Ted Kord (no longa-metragem, o pai morto da personagem de Bruna Marquezine). Ele estreou em Capitão Átomo #83, escrita pelo lendário Steve Ditko. Combatente do crime sem superpoderes, ele utilizava uma nave em formato de besouro (que aparece no filme) e tinha Dan como mentor.

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Mas, e Jaime Reyes, personagem escolhido como protagonista da primeira incursão do super-herói pelas telonas? Criado por Keith Giffen, John Rogers e Cully Hamne, Jaime surgiu nos anos 2000 na DC Comics (que adquiriu o personagem nos anos 1980). Mantendo Ted Kord no horizonte como o antigo Besouro Azul, a editora que possui a propriedade intelectual até hoje mostrou Jaime durante os eventos ocorridos em Crise Infinita. O estudante do ensino médio relativamente normal de El Paso, Texas, encontrou o escaravelho que se enxertou em sua coluna oferecendo-lhe poderes extraordinários. No começo, o protagonista tinha quase nenhum controle sobre as novas habilidades, mas lentamente aprende a dominá-las. No longa-metragem é possível vislumbrar os três trajes do Besouro Azul – mas não vamos dizer em que situação e o motivo a fim de não estragar a sua experiência com spoilers.

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Marcelo Müller

Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

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