Vencedor de oito Prêmio Guarani do Cinema Brasileiro, o cineasta pernambucano Kleber Mendonça Filho está atualmente no Festival de Cannes apresentando seu mais novo longa-metragem, o documentário Retratos Fantasmas (2023). Considerado uma carta de amor ao Recife, o filme é um registro dos santuários cinematográficos caros à capital do Recife e também ao próprio realizador, entre eles o apartamento em que Kleber rodou boa parte de seus trabalhos e, principalmente, as míticas salas de cinema da cidade. Mas, o cineasta já tem um próximo trabalho ficcional no horizonte depois de percorrer festivais e lançar Retratos Fantasmas no circuito comercial. Numa entrevista concedida à Revista Veja, ele falou um pouco sobre essa história ambientada no Brasil dos anos 1970.
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“Tenho um roteiro de Agentes Secretos, que quero fazer com Wagner Moura. A trama se passa em 1977, mas não é um filme da ditadura: é sobre a lógica do Brasil. É um filme de história que se passa há quase 50 anos. Tinha nove anos na época, o filme vem de lembranças da infância. Retratos Fantasmas me ajudou a destravar esse filme. Sabe aquele momento que você está meio travado com o roteiro? Esses dois filmes têm uma ligação muito forte, pela imersão no passado (…) O que eu não quero é fazer uma versão adocicada do país, porque é uma tendência, quando o país é visitado, tende a ser requalificado. Nas especificações do presente. Esse filme acho que vai ser um tanto áspero nesse sentido”.
Por enquanto não há detalhes sobre Agentes Secretos e, tampouco, qual será o papel de Wagner Moura na história. Estamos ligados e, quando surgir qualquer novidade, nós reportaremos por aqui. Mas, de toda forma, parece algo promissor, não é?
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