Tremei, fãs de Akira (1988). O tão especulado live-action baseado na obra de Katsuhiro Otomo vai finalmente acontecer. E o cineasta neozelandês Taika Waititi, o mesmo de Thor: Ragnarok (2017), foi confirmado como o responsável pela empreitada. A Warner Bros. já até definiu uma data de estreia norte-americana: 21 de maio de 2021. Isso significa que não tardarão a ser divulgadas informações acerca do elenco. A trama, originária do mangá publicado entre 1982 e 1990, já rendeu um longa animado, dirigido pelo próprio criador, comumente citado como um dos filmes mais influentes dos anos 80, especialmente no que tange ao cyberpunk. Ele apresentou uma qualidade técnica bem superior à média das animações da época, mesmo na seara dos longas-metragens.
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Na história, Kaneda é líder de uma gangue de motoqueiros na Tóquio futurista chamada Neo-Tokyo (aliás, a trama se passa em 2019), metrópole recriada após a antiga ter sido destruída na Terceira Guerra Mundial. Testuo, um de seus asseclas, é sequestrado pelo governo após um embate de facções e passa a ser utilizado em experiências que visam desenvolver nele faculdades paranormais. Entrelaçando diversos assuntos espinhosos, como a ação espúria dos governantes em busca de armas ao jogo geopolítico, Akira é violento e subversivo. Agora, resta-nos saber se Taika vai ter carta branca para ir fundo nessa distopia ou se fará como seu colega Rupert Sanders, que tornou um material de potencial semelhante, no caso o mangá Ghost in the Shell, naquela salada de frutas insossa que é A Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell (2017). Não vamos negar: temos medo.
