20210526 mgm papo de cinema

O que vinha sendo ventilado há dias, foi confirmado nesta quarta-feira, 26. A Amazon, gigante tecnológica com diversos braços – inclusive um audiovisual fortíssimo – adquiriu o tradicional estúdio MGM por US$ 8, 45 bilhões, o equivalente a R$ 45 bilhões. Se trata de uma cartada ambiciosa da empresa que, assim, passa a deter um amplo catálogo, repleto de propriedades importantes de Hollywood, para expandir seu segmento de streaming. Ao todo, são mais de 4.000 filmes e 17.000 programas de TV. Entretanto, claro que a compra não tem a ver apenas com deter os direitos sobre exemplares do passado, mas com solidificar mais a posição do titã do presente por meio de uma marca galvanizada no imaginário dos Estados Unidos. A MGM foi fundada em 1924, ou seja, está prestes a comemorar seu centenário.

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“O valor real por trás deste negócio é o tesouro do catálogo que planejamos reimaginar e desenvolver junto com a talentosa equipe da MGM. É muito empolgante e oferece várias oportunidades para contar histórias de alta qualidade”, disse Mike Hopkins, vice-presidente sênior da Prime Video e Amazon Studios, ao anunciar o acordo. Os trâmites legais incluem diversas aprovações regulatórias, mas o comprador disse não ter muita pressa para ver tudo devidamente sacramentado. “Estou muito orgulhoso que o Leão da MGM, há muito evocativo da Idade de Ouro de Hollywood, continuará sua trajetória histórica (…) A oportunidade de alinhar a história da MGM com a da Amazon é uma combinação inspiradora”, disse Kevin Ulrich, presidente da MGM.

É mais um capítulo da dança das cadeiras dos grandes estúdios de Hollywood. Recentemente, houve a decisão da AT&T de desmembrar a WarnerMedia e combiná-la com a Discovery. Analistas e afins vêm prevendo que essas aquisições/fusões serão cada vez mais frequentes.

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James Bond, um dos afetados pelo novo acordo.
As duas abas seguintes alteram o conteúdo abaixo.
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Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

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