Se por um lado o astro Johnny Depp pode nunca mais volta à saga Piratas do Caribe, Amber Heard pode ter sua participação comprometida na sequência de Aquaman (2018). Quatro anos após estrelar o blockbuster, a atriz e o ex-marido, Depp, enfrentaram um longo caso judicial que prejudicou a carreira de ambos. Durante o julgamento final da ação movida por ambas as partes, que ocorreu entre o final de abril e o início de maio, Amber citou diversas vezes que teve de “lutar muito” para continuar trabalhando em Hollywood, acusando seu ex-cônjuge de orquestrar uma “campanha difamatória” para arruinar sua carreira e reputação. Segundo ela, seu papel em Aquaman 2 – previsto para estrear em 2023 – foi significativamente reduzido após supostos ataques da equipe de Johnny na imprensa.
“Perdi oportunidades. Fui dispensada de empregos e peças publicitárias. Lutei para manter meu trabalho e a maior oportunidade de filme que tive até hoje foi com Liga da Justiça (2017), com a opção de Aquaman (2018). Tive que lutar muito para ficar na Liga da Justiça porque essa foi a época do divórcio”.
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Heard alegou que a Warner Bros “não queria me incluir na continuação”. Questionada se estava “agendando tempo para as filmagens” de Aquaman 2 antes da suposta campanha de difamação de Depp, Heard respondeu que “sim”. Perguntada se estava ativamente envolvida depois que a equipe do astro indicado a três Oscars a chamou de mentirosa nos tabloides, ela respondeu: “Não. As comunicações pararam nesse ponto“.
Na sequência, Amber respondeu que acabou aparecendo em uma “versão muito reduzida” da história original planejada para sua personagem Mera. No projeto futuro, conforme a atriz, ela estará presente em cerca de 10 minutos de tela. “Sem aviso prévio, apenas removeram várias cenas que gravei”, completou a artista.
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Sobrou tempo ainda para a indicada ao Prêmio da Academia de Filmes de Ficção-Científica, Fantasia e Horror dos EUA, em 2019, falar sobre a Paramount. Segundo ela, as filmagens da série The Stand (2020) também foram pausadas após os escândalos.
O JULGAMENTO
Não custa lembrar que Johnny Depp processou Heard em US$ 50 milhões em função de um editorial do Washington Post de 2018, no qual ela narrou suas experiências como sobrevivente de violência doméstica. Embora Heard nunca mencione Depp pelo nome, seus advogados argumentam que as referências a seu cliente (e as alegações de abuso anteriores de Heard após o divórcio de 2017) são claras e prejudicaram a carreira e a reputação de Johnny. Do outro lado da mesa, Amber entrou com uma ação de US$ 100 milhões, alegando que Depp e sua equipe jurídica a difamaram ao chamar suas alegações de falsas.