O ex-presidente do Estados Unidos, Donald Trump, acaba de acumular mais uma derrota na tentativa de reestabelecer uma boa imagem entre os norte-americanos. Nas próximas semanas, ele corre o risco de um extenso processo judicial após convocar grupos de extrema-direita a invadirem o Capitólio para sabotar a posse de Joe Biden como novo presidente eleito.
Esta semana, ele seria alvo de uma reunião do comitê disciplinar do SAG-AFTRA (Sindicato dos Atores e Federação de Artes do Rádio e da Televisão), instituição da qual continuou fazendo parte enquanto ocupava a Casa Branca. Trump recebia uma participação nos lucros pelas exibições no reality show O Aprendiz e nos filmes Esqueceram de Mim 2: Perdido em Nova York (1992) e Os Batutinhas (1994), entre outros.
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No entanto, após a incitação à violência no término de seu mandato, a instituição acusou o membro de organizar “uma incansável campanha de desinformação visando desacreditar e, por fim, ameaçar a segurança de jornalistas, muitos dos quais constituem membros da SAG-AFTRA”. O comitê analisava as penalidades cabíveis entre multas, suspensão e expulsão.
No entanto, Trump se adiantou ao processo e decidiu abandonar a organização por conta própria. Como de costume, lançou uma ofensiva ao adversário: “A sua organização fez muito pouco pelos seus membros, e nada por mim – exceto coletar taxas e promover perigosas ideias antiamericanas -, como se percebe pela alta taxa de desemprego e ações judiciais de atores famosos”. O ex-presidente declara, em carta aberta, ter “contribuído significantemente aos negócios da televisão a cabo, criando milhares de empregos”.
A sugestão que a responsabilidade por empregos da classe artística seria de responsabilidade do SAG-AFTRA é claramente absurda, e sequer foi contestada pela instituição, que respondeu ao comunicado de desfiliação com um simples e irônico “Obrigado”.
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