20200515 amores brutos papo de cinema
15 maio

Quando lançou Amores Brutos, seu primeiro longa-metragem, lá no agora aparentemente longínquo ano de 2000, o cineasta mexicano Alejandro González Iñárritu ofereceu ao mundo um cartão de visitas e tanto. De cara, o longa venceu a Semana da Crítica do Festival de Cannes, foi indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro (como antes era conhecida a categoria Melhor Filme Internacional), ao Globo de Ouro, além de vencer o BAFTA de Melhor Filme de Língua Não Inglesa e passar o rodo em diversas outras premiações mundo afora. Como bem sabemos, ele começou a pavimentar o caminho para Iñárritu se tornar um dos principais cineastas da atualidade, especialmente se levando em consideração os êxitos de seus projetos recentes. Com dois Oscar de Melhor Diretor na prateleira de casa, o realizador agora achou por bem revisitar o seu primeiro sucesso.

Nesta quarta-feira, 13, numa pequena coletiva organizada num aplicativo de videoconferências, Alejandro González Iñárritu afirmou que passou os últimos seis meses restaurando Amores Brutos. Ele será exibido, primeiro, no Morelia Film Festival, em outubro, e, segundo, num evento aberto ao público, na Praça da Constituição (Zocalo), na Cidade do México, em dezembro. Iñárritu também aproveitou a ocasião da coletiva para falar o que está achando do atual momento global em plena pandemia: “Estamos vivendo um momento crítico. Novos medos resultarão em tipos de cinema muito diferentes a partir disso. No que diz respeito a mim, o que me interessa hoje é completamente diferente do que me interessava há 20 anos”.

Amores Brutos contempla diversas histórias de gente vivendo na Cidade do México, cujas experiências cotidianas são demarcadas pelas convivências díspares com seus amigos/subalternos caninos. No elenco figuram nomes como Gael García Bernal, Emilio Echevarría, Goya Toledo, Álvaro Guerrero, Vanessa Bauche e Jorge Salinas.

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Marcelo Müller

Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

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