A série Amores Cubanos (2020) traz uma premissa fascinante: em 1992, a diretora Alice de Andrade conversou com quarenta casais cubanos sobre seus relacionamentos e as esperanças para o futuro, resultando num curta-metragem documental. Na época, logo após o fim da União Soviética, os recursos disponíveis aos cidadãos eram limitados, porém os recém-casados tinham direito a uma luz de mel luxuosa com bebidas e comida.
Ora, 28 anos mais tarde, como se encontram estas pessoas? Concretizaram seus sonhos? Ainda estão juntas? Moram em Cuba, em outros países? Como enxergam o socialismo praticado na ilha? O confronto entre presente passado, entre revoluções de ontem e políticas de hoje constitui o tema central do novo projeto da cineasta.
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Amores Cubanos estreia dia 9 de novembro, às 17h30, no Canal Brasil, com treze episódios de 25 minutos. Cada episódio se concentra na trajetória de um destes casais reencontrados pela diretora, sendo confrontados aos vídeos de antigamente e aos registros de seus casamentos. Assim, Andrade mistura a História do país às memórias individuais.
A série documental busca ser ao mesmo tempo relevante politicamente e acessível ao público médio, contribuindo à desmistificação do imaginário a respeito da ilha. Em tempo de polarizações e campanhas de desinformação em massa, o projeto desperta interesse por permitir aos cubanos falarem por si mesmos sobre a profunda transformação do país ao longo das décadas.
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