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Grande parte dos festivais de cinema do Brasil, especialmente os marcados para acontecer no segundo semestre de 2020, adequou-se aos protocolos sanitários decorrentes da Covid-19, migrando para ambientes online e/ou televisivos. Porém, pairava uma dúvida muito grande entre os produtores sobre a viabilidade de exibição, nesses eventos, de filmes que contam com incentivo público, pois as regras do Fundo Setorial Audiovisual (de onde saem as verbas) não preveem a admissibilidade de uma première fora das salas convencionais de cinema. Mas, recentemente a Ancine, a Agência Nacional do Cinema, decidiu liberar exemplares que têm financiamento público para exibição em eventos no ambiente online e/ou na televisão. A matéria era de grande interesse dos produtores, eles que temiam sanções futuras no instante da prestação de contas, caso a exibição fosse considerada uma violação de normas.

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De acordo com o jornalista Guilherme Amado, da Revista Época, em colaboração com Naomi Matsui, a Ancine entendeu que a exibição em festivais e mostras não pode ser considerada um lançamento comercial, claro, desde que o licenciamento não tenha custos e a exibição dos filmes seja limitada ao período do evento. A decisão respalda a inscrição de exemplares incentivados em eventos que terão suas edições 2020 parcial ou integralmente virtuais.

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Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

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