Em pleno ano de 2020, ainda é muito difícil encontrar grandes orquestras regidas por mulheres. Na década de 1930, a situação era ainda mais desigual. Motivada por esta percepção, a diretora holandesa Maria Peters decidiu resgatar uma história exemplar de seu país: a conquista de Antonia Brico (Christanne de Bruijn), que se tornou a primeira mulher a reger uma grande orquestra.
A biografia Antonia: Uma Sinfonia (2018) relata a trajetória de preconceito vivida pela artista, que sonhava em conquistar o posto de maestrina desde jovem, porém sofria com os inúmeros obstáculos impostos por homens. Na Alemanha, consegue a rara oportunidade de estudar música e ascender na instituição, até reger a Orquestra Filarmônica de Berlim. Mesmo assim, os relacionamentos amorosos e familiares de Antonia continuam a reproduzir o machismo.
A cineasta acredita no caráter inspirador do projeto: “Hoje, parece que não existem grandes maestrinas no mundo; elas estão totalmente ausentes do top 20 dos regentes mais famosos. As artistas do sexo feminino devem se contentar com um lugar à margem. Sempre foi assim. E se não fizermos nada a respeito, continuará sendo assim”.
Antonia: Uma Sinfonia se tornou um sucesso de bilheteria na Holanda, além de vencer o festival de Denver. O filme chega às plataformas de streaming em 21 de agosto. Abaixo, você descobre uma cena exclusiva que representa muito bem as restrições impostas à carreira profissional das mulheres:
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