Antonio Jesus Pfeil, um dos principais nomes do cinema gaúcho dos anos 1970, morreu no dia 24 de novembro. Depois de seu falecimento, a cidade de Canoas, no Rio Grande do Sul, decretou luto oficial de três dias em sua homenagem. Nascido em Nova Santa Rita, então segundo distrito de Canoas, em 7 de outubro de 1939, Antonio estudou em Porto Alegre nos anos 1950. Na década seguinte, integrou o elenco do no Teatro Brasileiro das Comédias, apresentando-se no Theatro São Pedro, na capital gaúcha, sob a direção de Flávio Rangel.
Mais tarde, Antonio Jesus Pfeil passou uma temporada no Rio de Janeiro onde trabalhou nos Estúdios Herbert Richers. Lá conheceu figuras então proeminentes de um cenário em transformação. Na Cidade Maravilhosa, acompanhou de perto a efervescência do Cinema Novo, mas, segundo ele próprio anos depois, a saudade do Rio Grande do Sul e de sua mãe pesaram para o seu retorno.
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ANTONIO JESUS PFEIL: DE VOLTA AO RS
Antonio Jesus Pfeil voltou ao estado de seu nascimento, casou-se, constituiu família e começou a trabalhar com pesquisa cinematográfica e televisão. Foi reconhecido por grandes nomes da crítica cinematográfica brasileira, tais como Paulo Emílio Salles Gomes, por sua inestimável contribuição para o cinema. Além disso, atuou no início da TV Gaúcha, no programa Grande Teatro Tevelar.
Jurado da primeira edição do Festival de Cinema de Gramado, em 1973, Antonio Jesus Pfeil se consagrou no ano seguinte como o primeiro gaúcho a vencer um Kikito com o seu curta-metragem Cinema Gaúcho dos Anos Vinte (1974). Como ator, participou ainda de obras importantes como Um Certo Capitão Rodrigo (1971), de Anselmo Duarte.
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“Jesus era figura muito assídua em Gramado, como jurado ou participante da mostra de curtas gaúchos, e sua postura muitas vezes iconoclasta animava os debates. Além disso, estava sempre disposto a entrar nas discussões da política cinematográfica, que nos anos 80 e 90 envolviam as atuações da Embrafilme, da Fundação do Cinema Brasileiro e do Concine, órgãos extintos sumariamente pelo governo Collor (…)
(…) Essas reivindicações e essas mazelas uniam gerações e mostravam que, no final das contas, tínhamos um objetivo comum: resistir e fazer filmes. Jesus também estava presente da fundação da APTC-RS (Associação Profissional dos Técnicos Cinematográficos do Rio Grande do Sul) e discutiu (bem acaloradamente), com colegas em início de carreira, a importante questão do registro profissional da categoria”, escreveu o colega Carlos Gerbase em O Matinal.
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