20200511 jerry stiller papo de cinema
11 maio

O ator Jerry Stiller morreu neste domingo, 10, de causas naturais, segundo seu filho mais famoso, o também artista Ben Stiller. O veterano vinha se recuperando de um derrame cerebral sofrido no início de 2019. “Lamento dizer que meu pai, Jerry Stiller, faleceu de causas naturais. Ele era um ótimo pai e avô, além do marido mais dedicado a Anne por cerca de 62 anos. Ele fará muita falta. Te amo, pai”, escreveu Ben em sua conta pessoal do Twitter. A carreira de Jerry começou nos anos 1950, com ele escrevendo esquetes de humor para programas televisivos. Ao lado da então esposa Anne Meara, falecida em maio de 2015, atingiu um sucesso considerável com Stiller & Meara, espetáculo cômico que percorreu os Estados Unidos até meados dos anos 1970.

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Todavia, o papel mais famoso de Jerry Stiller foi Frank Costanza, o pai peculiar de George Costanza (Jason Alexander), este um dos protagonistas da série Seinfeld (1989-1998). Frank é um impagável vendedores de relíquias cristãs aposentado que durante a série demonstrou-se fluente em coreano e chefe de cozinha de mão cheia, resquícios da temporada servindo os Estados Unidos na Guerra da Coreia. Jerry Stiller assumiu o papel em substituição a John Randolph, cuja participação, assim, se resumiu a um episódio. Uma das falas mais lembradas pelos fãs da série é “Serenity Now” (algo como serenidade agora, em tradução livre), que Frank fala num tom enraivecido no terceiro episódio da nona temporada do programa, justamente num exercício para controlar a raiva.

A carreira de Jerry Stiller é prioritariamente nos palcos e nas telinhas, mas ele fez algumas aparições no cinema, como em O Sequestro do Metrô (1974), Zoolander (2001), Hairspray: Em Busca da Fama (2007) e Zoolander 2 (2016).

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Marcelo Müller

Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

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