20210820 sonny chiba papo de cinema

Astro japonês de inúmeros clássicos de artes marciais, o ator Sonny Chiba morreu nesta quinta-feira, 19, por conta de complicações decorrentes da Covid-19. Batizado de Sadaho Maeda, ele nasceu em Fukuoka, no Japão, em 1939. Tinha quatro irmãos e era filho de um piloto militar. Na adolescência, se dividia entre as paixões pelo teatro e pela ginástica olímpica. O esporte teve de ser abandonado depois que uma lesão crônica nas costas decretou o fim de sua carreira. No entanto, adiante conseguiu adaptar suas restrições para chegar a ser faixa preta em caratê, ninjutsu, kempo, judô e kendo. Em 1960, foi descoberto pela Toei Studios e estreou nos cinemas com o nome artístico Shinichi Chiba em Uchu Kaisoku-ken (1961) – conhecido no Ocidente como Invasão dos Homens de Netuno, no qual interpretou um chefe espacial. A partir daí, e em virtude de sua intimidade com as artes marciais, interpretou nos cinemas e nas televisões diversos personagens que o tornaram um verdadeiro astro do gênero no Japão.

LEIA MAIS
Ator Tarcísio Meira morre aos 85 anos, vítima da Covid-19
Vencedor do Oscar, cineasta Vladimir Menshov morre vítima da Covid-19
Paulo Gustavo morre aos 42 anos, vítima da Covid-19

Durante ao menos 20 anos, Sonny Chiba enfileirou trabalhos notáveis, se tornando um ícone. Internacionalmente, ficou conhecido depois que uma versão dublada de Gekitotsu! Satsujin ken (1974) foi lançada nos Estados Unidos. Tanto que foi Robert Shaye, fundador da produtora New Line Cinema, que acrescentou o Sonny ao seu nome artístico. Um de seus fãs mais famosos é o cineasta Quentin Tarantino. Depois de utilizar em filmes anteriores uma série de referências a trabalhos de Sonny Chiba, o realizador norte-americano o escalou para viver o lendário Hattori Hanzo, o artífice das espadas, em Kill Bill: Vol. 1 (2003), uma alusão a seu personagem na saga Kage no Gundan.

20210820 sonny chiba papo de cinema 2

As duas abas seguintes alteram o conteúdo abaixo.
avatar
Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *