Ator de Parasita, Song Kang-Ho diz que relutou em fazer filmes

Para quem conheceu o ator Song Kang-Ho apenas em Parasita (2019) o assombro foi grande. Mas, o sul-coreano não é um iniciante, aliás, está bem longe disso. Com o próprio cineasta Bong Joo-Ho ele já tinha feito Memórias de um Assassino (2003), O Hospedeiro (2006) e Expresso do Amanhã (2013). E quem há de se esquecer de seu protagonismo em Sede de Sangue (2009), de Park Chan-Wook, na pele de um padre transformado em vampiro após uma malsucedida experiência? Enfim, são mais de 30 créditos, geralmente em papeis marcantes. Todavia, o êxito mundial do filme vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes 2019 tem lhe dado holofotes sem precedentes.

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Numa entrevista recente para a Variety, Song Kang-Ho disse que relutou bastante em fazer filmes: “Há 30 anos, quando comecei, o status da indústria cinematográfica coreana não era tão alto como agora. E também esse não era um meio tão receptivo aos atores de teatro como eu. Já tinha testemunhado vários colegas falharem nessa transição. Mas tive sorte de que a minha foi bastante fácil”. Ele ainda falou sobre o início difícil na profissão especialmente porque a família não aprovava sua escolha: “Com vinte e poucos anos queria me tornar um bom ator, mas não tinha um modelo, alguém em quem me espelhar. A família não aprovou a minha escolha, sem dúvida eles não estavam se divertindo com minha decisão. Mas pensei que seria ator de teatro para sempre. Não faço uma peça há 20 anos, veja só, mas isso se deve a minha incapacidade para executar múltiplas tarefas”.

Em Parasita, Song Kang-Ho interpreta o pai de uma família pobre que, aos poucos, se infiltra no cotidiano de uma família abastada na Coréia do Sul. E aí, será que ele tem chance no Oscar?