Na última sexta-feira, 17, morreu aos 91 anos o ator Jean-Louis Trintignant, um dos maiores intérpretes da história do cinema. De acordo com sua esposa, Mariane Hoepfner Trintignant, ele “morreu pacificamente, de velhice, nesta manhã, em casa, no Gard, cercado por seus entes queridos”. Assim, chegou ao fim uma trajetória com mais de 60 anos dedicados ao ofício de atuar. Nascido em 11 de dezembro de 1930 no seio de uma família de industriais ricos, Jean-Louis Trintignant começou a atuar no teatro nos anos 1950, mas foi frequentemente considerado um aspirante sem talento até que o cineasta Roger Vadim o descobriu e lhe abriu as portas do cinema. Em meio aos rumores de que estaria tendo um caso com Brigitte Bardot, colega de elenco de E Deus Criou a Mulher (1956), ele partiu para se juntar ao exército francês. Cerca de 10 anos depois, teve o seu primeiro grande êxito como ator, em Um Homem, Uma Mulher (1966). Desde então, ele se tornou um dos intérpretes mais requisitados do mundo, tendo colaborado com gigantes do cinema, tais como Valerio Zurlini, Claude Lelouch, Eric Rohmer, Costa-Gavras, Etore Scola, Sergio Corbucci e Krzysztof Kieslowski, entre muitos outros.
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Jean-Louis Trintignant foi indicado quatro vezes ao César, o Oscar do cinema francês. Ele foi lembrado por seus trabalhos em A Mulher de Minha Vida (1986), A Fraternidade é Vermelha (1994), Fiesta (1995) e Os Que Amam Tomarão o Trem (1998) e Amor (2012), este o único que lhe rendeu uma vitória. Além disso, ele venceu o prêmio de Melhor Ator no Festival de Cannes por Z (1969), de Costa-Gavras, e o prêmio equivalente no Festival em Berlim por L’Homme Qui Ment (1968). Seu último longa-metragem foi Os Melhores Anos de Uma Vida (2019), no qual reprisou novamente o papel que lhe tornou célebre em Um Homem, Uma Mulher. Ele ainda deixou um trabalho inédito, como narrador de La plus précieuse des marchandises, filme que, segundo o IMDb está em fase de pós-produção.
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