O ator Milton Gonçalves morreu nesta segunda-feira, 30, aos 88 anos, no Rio de Janeiro, De acordo com a família, ele morreu por volta das 12h30, em decorrência dos problemas de saúde enfrentados desde que teve um AVC, em 2020. Na época, chegou a ficar três meses internado no hospital e precisou de ajuda mecânica para continuar respirando. O ator nasceu na cidade mineira de Monte Santo. Se mudou ainda na infância com a família para São Paulo, foi aprendiz de sapateiro, alfaiate e gráfico. Começou a sua carreira artística no teatro amador e estreou profissionalmente em 1957, no Teatro de Arena, interpretando um personagem da peça Ratos e Homens, baseada no livro homônimo de John Steinbeck. Fez parte do elenco de mais de 40 novelas, contando apenas as veiculadas na Rede Globo de Televisão. Ele esteve presente nas primeiras versões de Irmãos Coragem (1970), A Grande Família (1972), e Escrava Isaura (1976). Por sua atuação como Pai José na segunda versão de Sinhá Moça (2016), foi indicado ao prêmio de Melhor Ator no Emmy Internacional. Na ocasião, se tornou o primeiro brasileiro a apresentar um prêmio (Melhor Programa Infanto-juvenil) na cerimônia norte-americana, ao lado de Susan Sarandon.
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Nos cinemas, o grande trabalho de Milton Gonçalves foi como o protagonista de A Rainha Diaba (1974), vivendo o personagem Madame Satã, o mesmo que consagraria Lázaro Ramos nas telonas algumas décadas depois. Seu primeiro filme foi O Grande Momento (1958), considerado um dos precursores do Cinema Novo. Fez ainda Cidade Ameaçada (1960), Toda Donzela Tem Um Pai Que É Uma Fera (1966), O Bravo Guerreiro (1968), Macunaíma (1969), Lúcio Flávio: O Passageiro da Agonia (1977), Eles Não Usam Black-Tie (1981), O Beijo da Mulher Aranha (1985), O Que é Isso, Companheiro? (1997), Carandiru (2003), O Abismo Prateado (2011), entre muitos outros. Seu último trabalho nas telonas foi como um cardeal em Hermanoteu na Terra de Godah (2022).
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