O ator gaúcho Sirmar Antunes morreu neste sábado, 06, aos 66 anos. A informação foi confirmada pela Casa do Artista Riograndense, onde ele residia. Até o fechamento desta matéria, a causa não havia sido divulgada. Sirmar era considerado um dos principais atores riograndenses de sua geração. Com 48 anos de carreira, ele teve atuação de destaque em peças teatrais, minisséries televisivas e em mais de 30 filmes (entre curtas e longas-metragens). Estreou nas telonas com o curta-metragem O Dia em Que Dorival Encarou a Guarda (1986), de Jorge Furtado e João Pedro Goulart. Debutou em longas com o drama Lua de Outubro (2001), de Henrique de Freitas Lima. Ficou conhecido por seu trabalho em Netto Perde Sua Alma (2001) – pelo qual ganhou o prêmio de Melhor Ator Coadjuvante no Cine PE 2002 – Em Teu Nome (2009), Os Senhores da Guerra (2012), A Superfície da Sombra (2017) e O Grito (2018) – pelo qual venceu o prêmio de Melhor Ator em Curta-metragem no Festival de Gramado de 2018.
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Sirmar Antunes recebeu em 2003 recebeu o título de Personalidade da Comunidade Negra, outorgado pela Sociedade Cultural Floresta Aurora. Já em 2010, foi agraciado com a Medalha do Mérito Farroupilha, a maior honraria do Legislativo gaúcho, por seus serviços prestados à cultura. O Festival Internacional de Cinema de Alvorada instituiu a partir de 2017 um prêmio com seu nome que visa valorizar as produções de jovens estudantes negros. Em 2021, Sirmar recebeu o Prêmio Leonardo Machado no Festival de Cinema de Gramado por sua contribuição ao cinema gaúcho. Desde 2021 professor do Iecine – Instituto Estadual de Cinema, Sirmar Antunes representaria a entidade como jurado da mostra gaúcha de longas-metragens do Festival de Gramado deste ano. O corpo de Sirmar foi sepultado em Porto Alegre, no Cemitério João XXIII, neste domingo, 07.