20210607 camilla amado papo de cinema

A atriz Camilla Amado morreu neste domingo, 06, aos 82 anos em decorrência de um câncer pancreático contra o qual lutava há algum tempo. O falecimento aconteceu na casa de um dos filhos dela, no bairro da Gávea, zona sul do Rio de Janeiro. A cerimônia fúnebre de cremação que acontecerá nesta segunda-feira, 07, será fechada a familiares e amigos, em respeitos aos protocolos anti-aglomeração que buscam retrair a disseminação do Covid-19. A carreira artística de Camilla começou na televisão. Em 1969, ela atuou na novela Um Gosto Amargo de Festa, exibida pela extinta TV Tupi. Ao todo, entre folhetins no horário nobre, teleteatro e programas humorísticos, participou de 39 produções. Nos cinemas, teve uma trajetória não menos prolífica, participando do elenco vários títulos, sendo o último deles Chacrinha: O Velho Guerreiro (2018), no qual contracenou com seu ex-marido Stepan Nercessian.

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Nos cinemas, Camilla teve sua estreia no filme Quem tem Medo de Lobisomem (1975), no mesmo ano interpretando Noêmia em O Casamento, de Arnaldo Jabor – papel pelo qual foi premiada como Melhor Atriz Coadjuvante no Festival de Gramado. Um de seus principais trabalhos recentes às telonas foi no curta-metragem O Vestido de Myriam (2017), no qual também desempenhou a função de produtora. Voltando à televisão, Camilla participou de programas de sucesso de TV Globo, tais como Sítio do Picapau Amarelo (2006), A Casa das Sete Mulheres (2003), Tapas & Beijos (2011) e Cordel Encantado (2019). Em 2013, foi a grande homenageada da 10ª edição do Festa Internacional de Teatro de Angra (Fita) por sua contribuição inestimável ao teatro brasileiro. Uma das suas últimas aparições de destaque no cinema foi no drama Redemoinho (2016), de José Luis Villamarim, pelo qual foi indicada ao Grande Prêmio do Cinema Brasileiro como Melhor Atriz Coadjuvante. Segundo o jornalista Ancelmo Gois, do jornal O Globo, ela deixou um livro de memórias ainda não publicado.

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Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

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