A atriz norte-americana Cicely Tyson morreu na tarde desta quinta-feira, 28, aos 96 anos. Quem confirmou a informação foi seu empresário, Larry Thompson: “Administrei a carreira da Srta. Tyson por mais de 40 anos e cada ano foi um privilégio e uma bênção. Cicely pensou em suas novas memórias como uma árvore de Natal decorada com todos os enfeites de sua vida pessoal e profissional. Hoje ela colocou o último ornamento, uma estrela, no topo da árvore”. Quando diz memórias, o agente se refere à biografia dela, Just As I Am, publicada nesta terça-feira, 26. Cicely Tyson nasceu no bairro do Harlem, na cidade de Nova Iorque, no seio de uma família religiosa. Adiante, descoberta por um editor de moda, rapidamente se tornou modelo de destaque nacional. Já em 1957, começou a atuar com êxito em peças off-Broadway. Depois de uma série de papeis menores no cinema e na televisão, chamou atenção como Portia de Por que Tem de ser Assim (1968). Quatro anos mais tarde, foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz por Lágrimas de Esperança (1972).

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Já em 1974, Cicely Tyson foi agraciada com o Emmy de Melhor Atriz em Drama por The Autobiography of Miss Jane Pittman, no qual viveu uma ex-escravizada de 110 anos. Ela buscava apenas interpretar papeis que a permitissem construir uma imagem forte e positiva das mulheres negras. Nos anos 1990, sobressaiu em filmes como Tomates Verdes Fritos (1991). Nos 2000, participou dos elencos de Histórias Cruzadas (2011), O Limite da Traição (2020) e da série House of Cards (2013-2018). Seu último crédito foi na série Como Defender um Assassino (2014-2020). Em 2019, ela foi agraciada com um merecidíssimo Oscar Honorário. Ao todo, Cicely Tyson foi indicada a 14 Emmy, tendo vencido o principal prêmio da televisão norte-americana em duas oportunidades.      

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Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

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