20220809 olivia newton john papo de cinema
09 ago

A atriz e cantora Olivia Newton-John morreu nesta segunda-feira, 08, aos 73 anos, num rancho da Califórnia, nos Estados Unidos. Depois de ter superado dois tumores, um em 1992 e o outro em 2015, ela foi diagnosticada com câncer de mama com metástase no osso sacro em 2018. Desde então lutava com o avanço progressivo da doença. “Olivia foi um símbolo de sucessos e esperança por mais de 30 anos compartilhando sua jornada com o câncer de mama. Sua inspiração de cura e experiência pioneira com plantas medicinais continua com a Olivia Newton-John Foundation Fund, dedicado à pesquisa de plantas medicinais e câncer”, escreveu John Easterling, viúvo da artista. Nascida no Reino Unido e criada na Austrália, Olivia Newton-John despontou para o mundo nos anos 1970, mais precisamente ao ficar em quarto lugar no concurso de canções chamado Eurovision representando o Reino Unido. O primeiro ponto alto de sua carreira como atriz foi no icônico Grease: Nos Tempos da Brilhantina (1978), no qual interpretou a inesquecível Sandy.

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Ainda dentro de sua carreira cinematográfica, Olivia Newton-John se destacou no musical Xanadu (1980), mesmo que o filme tenha sido considerado um fracasso em seu lançamento – atualmente, é considerado objeto cinematográfico de culto por alguns espectadores. Já como cantora, ela vendeu mais de 100 milhões de discos, emplacando diversos hits, tais como “Physical” – cujo clipe lhe rendeu um dos quatro Grammy ganhados ao longo da vida. Com a não menos marcante “I Honestly Love You“, Olivia recebeu o Grammy de gravação do ano, em 1975, assim faturando uma das principais categorias da premiação. Olivia transitou do pop adocicado ao rock, exibindo uma faceta musical camaleônica. Ela também lutou para ser percebida como uma mulher moderna, sexy e dona de seu nariz, assim se distanciando do puritanismo atrelado à Sandy, a sua mais famosa personagem nas telonas.

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Marcelo Müller

Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

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